O conto ''Segredo dos Sanatórios'' do autor Benjamin Costallat retrata como a droga era vista como um meio de ''status'' pela sociedade em contraste com seus efeitos degradantes e indignos. Analogamente a isso, ainda hoje no Brasil é possível evidenciar os intensos danos causados pelo uso de drogas lícitas e ilícitas. Tal situação deve-se à problemas socioeconômicos atrelada a ineficiência da política antidrogas realizada no Brasil. A priori vale enfatizar que, segundo dados da ONU, o Brasil está entre os cinco países mais desiguais do mundo. Dado esse que explica o acentuado e crescente número de jovens entrando no universo das drogas - seja como usuário ou ''aviãozinho''- sendo influenciados pelo meio instável no qual estão inseridos. Há também,aqueles que em uma constante busca por aceitação, seja por uma pessoa ou um grupo, acabam embarcando na onda das drogas por mero ''status''. Em segundo plano, apesar da política antidrogas ser fundamentada em um plano de ações para diminuir o seu uso e efeitos causados por ela, tal iniciativa tem sido insuficientes. Programas de reinserção,como o CAPs, não conseguem suprir a demanda de dependentes o que os torna, muita das vezes, falho. Além disso a Lei das drogas não deixa claro o processo legal pelo qual o indivíduo deve ser julgado nos vertentes: usuário e traficante, o que dificulta ainda mais uma política eficaz. Diante dos aspectos anteriormente citados, faz-se necessário a intensificação de programas antidrogas pelo Governo nas escolas, que deve enfatizar os danos causados pelas drogas e ''chocar'' o público para que esse, seja sensibilizado. Ademais, o Ministério da Saúde em conjunto com os poderes Legislativo e Judiciário devem trabalhar possíveis reformas para que haja um consenso desde a penalização do indivíduo até sua ressocialização, acompanhado de apoio e exames psicológicos periódicos. Dessa forma, será possível uma melhora significativa na política de antidrogas no Brasil.