Enviada em: 30/07/2019

No limiar do século XVIII, o Iluminismo pregava que uma sociedade só progride quando seus cidadãos se mobilizam para resolver o problema de outras parcelas do corpo social. Indo contra esse ideário, o brasileiro pouco fez para resolver a problemática do consumo de drogas por parte da população. Isso se confirma não só pela quantidade de pessoas que consomem entorpecentes, mas, também, pela ineficiência governamental em comedir esse revés social nacional. A princípio, vale ressaltar que o número de dependentes químicos no país é crescente, confirmando a concepção do filósofo Sócrates de que “os erros são consequência da ignorância humana”. Seguindo esse juízo, tais cidadãos começam a usarem drogas em busca de prazer e não atentam para os sérios problemas de saúde que elas podem causar em suas vidas. Tal fato é confirmado por uma reportagem da revista Exame do ano de 2017, segundo a qual morrem mais de 200 mil pessoas por ano em decorrência desse consumo. Por conseguinte, famílias são destruídas por consequência dessa problemática. Além disso, a falta de políticas públicas mais eficazes para barrar a venda de drogas ilícitas fere o artigo 1a da Carta Magna, pois a União não está cumprindo com o referido item constitucional. Dessarte, o Estado não investiu o suficiente em medidas de mitigação desse comércio ilegal e danoso à sociedade, expondo os cidadãos ao risco de serem levados a esse consumo e se tornarem mais uma vítima. Isso tornou o país muito diferente daquele do livro Utopia de Thomas Morus, no qual a população gozava da eficiência estatal. Dessa forma, o Brasil ficou muito distante desse modelo ficcional de nação. Logo, é impreterível o enfretamento governamental contra as drogas. Nessa perspectiva, cabe ao Ministério da Justiça, por meio de resolução, visto que gera aplicabilidade imediata, abrir mais delegacias especializadas em combate ao narcotráfico, com pessoal mais treinado e mais bem equipado, no intuito de desmantelar essas organizações, levar a julgamento os traficantes e inibir novos casos. Ademais, o supracitado ministério, junto à mídia, deve veicular mais campanhas educativas, informando a população em geral das consequências que os entorpecentes podem trazer para a saúde de quem usa a fim de inibir o uso dessas substâncias pelos cidadãos. Assim, o Brasil estará se tornando uma nação que segues os preceitos iluministas de sociedade.