Enviada em: 03/08/2019

Os drogas apresentam-se como um dos mercados mais rentáveis e promissores do século XIX, ele consolida-se como um sistema hierárquico que parte do mais baixo escalão até o mais alto. Diante disso, a política antidrogas no Brasil não é eficiente, uma vez que o Estado gasta muito tempo procurando os criminosos do baixo escalão, além de permite a perpetuação de preconceitos pela mídia a respeito dos usuários e dos pequenos traficantes. Dessa maneira, urge necessidade de discussão sobre essa problemática. Em primeiro lugar, consoante o sociólogo alemão Dahrendorf no livro "A lei e a ordem". A anomia é uma condição social onde as normas reguladoras do comportamento das pessoas perderam sua validade. Dessa forma, a anomia faz-se presente quando o Estado brasileiro não consegue parar o crescente mercado de drogas, pois as políticas estão voltadas para a captura dos pequenos traficantes envolvidos nesse negócio. Traficantes, estes, que estão a margem da sociedade e veem no tráfico uma oportunidade de mudar de vida na qual o Estado não oferece oportunidades. Em segundo lugar, a opressão simbólica da qual trata o sociólogo Pierre Bordieu: a violência aos Direitos Humanos não consiste somente no embate físico, o desrespeito está, sobretudo, na perpetuação de preceitos que atentam contra a dignidade da pessoa humana. Por conseguinte, a grande mídia retrata os pequenos traficantes que vivem em regiões periféricas de baixo valor econômico, perpetuando e criando preconceitos na população em geral a respeito dos usuários e traficantes que estão na base da pirâmide desse mercado. Ademais, como o mercado de drogas demonstra-se na casa dos bilhões, os mais beneficiários desse mercado não se encontram nas regiões periféricas das grandes cidades. É mister, portanto, que o Estado tome providências para melhorar o quadro atual. A Agência Brasileira de Inteligência deve iniciar uma investigação mais eficiente, não voltada para os pequenos traficantes e sim para aqueles que ganham os altos retornos financeiros desse mercado. Outrossim, as escolas, em parceria com as famílias, devem inserir a discussão sobre essa problemática no ambiente doméstico quanto no estudantil por intermédio de palestrantes, com a participação de psicólogos e especialistas, que debatam acerca da ineficiente das políticas públicas sobre o tráfico de drogas, com objetivo de desenvolver jovens mais conscientes. Feito isso, estaremos desenvolvendo um sociedade que analisa criticamente o que é posto pela mídia e vigia as políticas antidrogas.