Ponta do Iceberg O tráfico de drogas é um dos problemas mais sérios e recorrentes na sociedade, no Brasil o tráfico possui força o suficiente para assumir o papel de um "microestado" nas comunidades, em especial no Rio de Janeiro. Apesar da ao longo do século passado e do atual serem criadas leis e aplicadas ações de combate ao tráfico de drogas, como a instalação de UPP's(Unidades de Polícia Pacificadora) o problema parece persistir, dentre os motivos desta resistência esta a lucratividade advinda da venda de drogas que devido ao seu caráter viciante, faz com que as pessoas procurem obter a substância independente de preço. Nesse sentido, é de vital importância discutir sobre a dificuldade de combater essa prática, visto que as organizações que produzem e distribuem as drogas, como as milícias e facções, por exemplo o PCC(Primeiro Comando da Capital), possuem não só poder militar relevante, como também membros desses grupos dentro da estrutura administrativa do Estado, um exemplo extremo desse tipo de organização são as Farcs na Colômbia, que recentemente se tornaram um grupo político, as milícias também obtêm rentabilidade a partir de outros meios, como o recolhimento de tributos dos moradores de áreas dominadas e o controle de outros negócios lucrativos, por exemplo os postos de combustível e cassinos clandestinos. Outrossim, é de suma importância debater as ações que foram tomadas para combater a venda de drogas, dentre elas o combate militar com o apoio do exército para retomar áreas controladas pelo tráfico, como a tomada do Morro do Alemão, e modificações na legislação que tornaram mais severa a pena por tráfico de drogas, também vale citar a iniciativa do governo de São Paulo de internar dependentes químicos para recupera-los, porém devido à falta de acompanhamento e suporte ao tratamento, há uma significativa reincidência ao uso das substâncias, e a instalação das já citadas UPP's nas comunidades recuperadas. Em suma, é de grande relevância que os governos estaduais em parceria com grupos especializados em tratamento de dependência química promovam uma recuperação aos dependentes, por meio de internações e acompanhamento do desenvolvimento do tratamento e após isso ajudar o indivíduo a ser reinserido na sociedade, a fim de garantir uma recuperação permanente e não só os grupos de tratamento mas também as escolas podem realizar aulas com especialistas sobre tal tema, por intermédio da colaboração com profissionais ligados ao assunto, como o programa Proerd, para tentar prevenir que mais pessoas possam se tornar um mercado consumidor para esses grupos criminosos.