Enviada em: 01/04/2018

A política antidrogas do Brasil tem se mostrado incapaz para coibir ou diminuir o uso de entorpecentes. Aliado com o ineficiente sistema prisional nacional e com o custo elevadíssimo para implantação desta política, fica evidente que a solução está longe de ser alcançada pelas vias tradicionais de repressão e aponta para alternativas como descriminalização e liberação do uso.       A liberação do uso das drogas, com algumas restrições, e  o controle das empresas que comercializam podem ser  uma alternativa mais eficaz do que a violenta repressão que culmina em um grande tráfico e mortes. Assim como aconteceu no cigarro, onde as propagandas em veículos de comunicação e o uso em ambientes públicos foram proibidos, trazendo excelentes resultados para diminuição do consumo nos últimos anos. Não obstante, o imposto gerado pelo comércio e consumo iria para os cofres públicos podendo até ser aplicado no tratamento de dependentes que queiram se livrar do vício.       Outro fator que colabora para que a atual política antidrogas seja um fracasso é que o sistema prisional brasileiro tem poucas ações para recuperação de detentos, então o encarceramento de usuários e traficantes agrava o superlotamento já existente e não recupera o indivíduo, como pode ser visto no alto índice de reincidência de presos.        A comercialização e liberação do uso, portanto, seriam medidas mais eficazes do que a política atual de repressão violenta ao tráfico e consumo, uma vez que empresas que comercializam a droga tornaria menos atrativo e rentável o tráfico e seria mais fácil o controle e fiscalização destas do que o combate a todos os grandes e pequenos traficantes espalhados pelo Brasil, além disto, poderia ser limitada a quantidade de uso por pessoa através da obrigatoriedade, por exemplo, de um cadastro para compra da droga, fazendo também com que o governo tivesse melhores parâmetros para analisar e utilizar em campanhas educativas voltadas para conscientização dos malefícios do consumo de drogas.