Enviada em: 30/07/2018

"Devemos tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida da sua desigualdade." A citação do filósofo Aristóteles se faz atemporal, haja vista a grande dificuldade de inserção social de algumas camadas da sociedade, como é o caso dos jovens que buscam um emprego formal. Não se pode negar a relevância do problema, uma vez que os jovens representam uma parcela significativa da população e contribuem diretamente com a economia do país.       Primeiramente, cabe destacar o cenário do desemprego juvenil na era da tecnologia. Segundo dados do IBGE, a maior parte dos desempregados e dos que buscam o primeiro emprego se concentra na faixa dos 15 aos 24 anos, idade em que a maioria dos jovens se encontra em faculdades e centros tecnológicos. Ademais, a busca pela especialização e formação acadêmica faz com que muitos universitários se sujeitem a subempregos como forma de subsidiar os custos da sua graduação.       Cabe ressaltar, também, o grande entrave tecnológico dos países subdesenvolvidos chamado de "fuga de cérebros". Esse conceito consiste em um grande escoamento de pessoas altamente qualificadas para fora de seu país de origem, geralmente em busca de melhores salários e reconhecimento. O Brasil sofre diretamente com esse problema, tendo em vista que o atraso tecnológico e científico das indústrias nacionais é um fator repulsivo para os jovens que visam se destacar no mercado de trabalho e, consequentemente, conseguir um emprego bem remunerado.       faz-se evidente, portanto, a urgência de alteração desse cenário a fim de mitigar o desemprego entre os jovens no país. Nesse sentido, o Governo Federal em parceria com as empresas e centros educacionais devem difundir e ampliar programas como o "Jovem Aprendiz", que busca preparar e inserir o jovem no mercado de trabalho por meio de cursos voltados para as necessidades locais. Concomitantemente, o apoio para jovens recém formados permanecerem no país deve ser prioridade dos órgãos públicos, já que sem sua mão de obra não será possível reverter o atraso em que o Brasil se encontra. Desse modo, pode-se vislumbrar um futuro mais igualitário e justo para todos.