Enviada em: 30/06/2018

"A pior pobreza é não dar oportunidade a quem tem talento." Jorge Amado, escritor brasileiro, já em sua época, parecia prever uma informação importante: a falta de valorização aos indivíduos. Em pleno século XXI, esse fenômeno não é diferente, representando um desejo a ser enfrentado, de forma mais organizado, na sociedade brasileira, uma vez que está presente no mercado de trabalho e diretamente relacionado ao jovens. Dessa forma, é necessário avaliar os fatores que interferem na busca por emprego desse grupo, para assim, solucioná-la.    De início, cabe salientar, que os jovens, mormente os de famílias de baixa renda, ingressam no meio corporativo precocemente. Sabe-se que a legislação brasileira considera obrigatório frequentar a escola, apenas, até o fim do ensino fundamental. Por conseguinte, esse fato pode incentivar essas famílias, a considerarem como encerrado o ciclo de estudos antes do ensino médio, exigindo que os jovens passem a contribuir com o orçamento familiar. Ademais, os paradigmas do modelo pós-fordista nesse âmbito exigem, cada vez mais, mão de obra qualificada, agravando a situação desses jovens, visto que eles possuem baixa escolaridade, uma vez que a colocaram em segundo plano. Assim, a formação educacional está, diretamente, ligada com as chances de ascensão profissional.     É notório, ainda, que em virtude das reduzidas oportunidades oferecidas aos jovens sem experiência, programas como o Jovem Aprendiz ganham destaque. Observa- se, que programas como esse, visam a capacitação de pessoas entre 14 e 24 anos (com ou sem deficiência, matriculadas em instituições de ensino), através da oferta de vagas em empresas filiadas à plataforma. Todavia, de acordo com a Relação Anual de Informação Social (RAIS), o número de contratados de aprendizagem, no Brasil, representa apenas 27% do seu potencial. Logo, a necessidade de ampliação desse projeto para maior inclusão profissional é importante para eficaz valorização.     Fica claro, portanto, que o ingresso de jovens no mercado de trabalho ainda requer ações mais efetivas. Nesse sentido, o Governo Federal, deve promover melhores condições à educação, através do Ministério da Educação, com incentivos para a permanência do aluno na escola, especialmente o de baixa renda, por meio de bolsas de estudos, cursos profissionalizante, oficinas de música e esporte, além de ampliar, também, a requalificação e reciclagem profissional, gratuitamente, para aqueles que não obtiveram boa formação educacional, através do Senai e Senac. Espera-se, com isso, reconhecer o papel do jovem na sociedade, valorizando a futura população economicamente ativa, do Brasil. Assim, suplantando a perspectiva de Jorge Amado, será possível enriquecer o talento de todos.