Enviada em: 02/07/2018

A partir das Revoluções Industriais e da Globalização a dinâmica dos trabalhos mudou drasticamente - principalmente com a diferenciação dos cargos, em que uma maior especialização nas áreas produtivas foi sendo necessária, criando-se um certo modelo de hierarquia entre os funcionários em fábricas, empresas e diversos outros setores da economia. Nesse sentido, formou-se uma competitividade dentro das firmas, onde os empregadores passaram a preferir os mais qualificados e experientes.      A problemática se encontra no fato de que os jovens recém-formados - que possuem qualificação e conhecimento, mas não possuem prática -, não conseguem competir com os indivíduos inseridos há mais tempo no mercado de trabalho, visto que são poucos os estabelecimentos que contratam iniciantes. Assim, para esses jovens sobram apenas trabalhos inferiores as suas capacitações, fora de suas áreas ou empregos informais - os quais também não são vistos como forma de ganho de experiência. Dessa maneira, o quadro de desempregados torna-se alarmante, em que 57% dos cidadãos de 18 a 24 anos não conseguem emprego - segundo pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.     Em contrapartida, graças ao programa Jovem Aprendiz - criado pelo Governo Federal com o objetivo de que as empresas desenvolvam programas de aprendizagem que visem a capacitação profissional de jovens e adolescentes -, foi possível que os beneficiados pudessem ser inseridos em suas áreas de trabalho, aprendessem o funcionamento e as técnicas do emprego e, assim, conseguissem obter experiência. Nesse contexto, embora as vagas não sejam muitas, acaba havendo mais ofertas de trabalho para mais iniciantes.      Portanto, mudanças devem ser feitas para mudar o cenário de jovens desempregados. A começar, cabe ao Ministério do Trabalho inserir melhorias nos programas já existentes de auxílio ao primeiro emprego, adicionando mais vagas para estudantes e promovendo "workshops" gratuitos - com a presença de "coachs" de planejamento do trabalho -, a fim de que haja troca de experiência entre os presentes e um direcionamento para cada um. Ademais, cabe ao Governo Federal realizar propagandas, via rádio, TV e Internet, que expliquem à população sobre a necessidade da inserção do jovem no mercado de trabalho - mostrando dados que exemplifiquem suas capacidades, mesmo com pouca prática -, a fim de que mais contratantes empreguem novatos. Dessa forma, será possível superar as dificuldades de ingresso no mercado trabalhista, enfrentadas pelos "novinhos" e iniciantes.