Enviada em: 09/07/2018

No filme "A rede social", é retratada a forma como Mark Zuckerberg, através da criação do Facebook, consegue se desenvolver economicamente na adolescência. Sob tal ótica, essa perspectiva diverge da realidade dos jovens brasileiros, visto que, devido à crise econômica e à falta de acesso ao ensino superior, há muitas dificuldades para o ingresso no mercado de trabalho. Nesse sentido, é necessária a promoção de ações sociais, com o fito de amortizar a problemática.         Em primeiro plano, cabe pontuar que a crise econômica hodierna do Brasil é uma das responsáveis por essa situação conflituosa. Isso poque as empresas, em razão da recessão financeira, reduzem os gastos. Com isso, a tendência é a contratação de menos empregados, sendo os mais experientes prioridades nesse processo. Diante de tal fator, os jovens, em função da imaturidade, da inexperiência e do despreparo emocional, não conseguem ocupar as vagas de emprego, tornando-se propícios a adentrarem no mercado negro e no tráfico de drogas, como alternativas para a sobrevivência.         Outrossim, consoante ao pensamento de Émile Durkheim, sociólogo, de que a normalidade e a coesão não são garantidas quando as instituições sociais não cumprem seus papéis, o baixo acesso ao ensino superior pelos adolescentes dificulta o ingresso no mercado de trabalho. Essa problemática ocorre, pois o Estado, devido ao precário investimento financeiro no setor educacional, não disponibiliza vagas universitárias para todos os jovens. Por conseguinte, grande parte dos jovens sem formação acadêmica não são contratados por empresas, já que elas, em razão da influência do Toyotismo, buscam mão de obra qualificada e apta a produzir tecnologia inovadora.          É necessário, portanto, que o Ministério da Educação, em parceria com o SENAI e SENAC, estimule a preparação emocional e criativa dos jovens, por meio da realização de cursos preparatórios com psicólogos nas escolas, para que os adolescentes tornem-se mão de obra atrativa para as empresas. Ademais, o Estado precisa potencializar a oferta de vagas universitárias, através do maior investimento financeiro na ampliação das faculdades públicas e na melhoria da infraestrutura física e intelectual, com o intuito de qualificar e tornar a mão de obra jovem competitiva no Brasil.