Enviada em: 08/07/2018

Em um mundo cada vez mais capitalista, devido à ascensão desse regime pós-Guerra Fria, a busca por mercado de trabalho e êxito econômico se mostra bem presente, principalmente, entre jovens estudantes ou recém-formados. No entanto, seja pela supervalorização da experiência ou até pelo despreparo para assumir um cargo remunerado, os jovens têm dificuldade para ingressar nesse meio, alcançando uma taxa de 57% de desempregados apenas nessa parcela populacional.      Dessa forma, as instituições escolares são habituadas a ensinar conteúdos pré-estabelecidos a seus alunos, porém não há a preocupação em instruir os mesmos para o trabalho e tampouco em fornecer apoio psicológico para preparar os jovens para a realidade da vida adulta. Sendo assim, a falta de preparo emocional e comportamental se tornam um embargo para a inserção de estudantes no mercado, já que o ensino básico brasileiro não ensina o aluno a buscar melhores ofertas de emprego ou a se comportar corretamente em entrevistas de trabalho, por exemplo.      Outrossim, a busca preferencial por profissionais renomados também dificulta a ascensão dos que estão iniciando a carreira agora. Dessarte, ainda que estejam entre os mais contratados para serviços tecnológicos, já que pertencem a Era Técnico-científico-informacional, os mais novos, geralmente, são segunda opção nos demais setores, contrariando o pensamento de Victor Hugo de que os jovens são a força dos bárbaros.      Desta feita, é necessário combater as dificuldades que impedem essa parcela de ingressar no mercado. Para isso, é preciso que o Governo, a partir do Ministério da Educação (MEC), estabeleça na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) disciplinas, como Direito do Trabalho, voltadas para a preparação do jovem para o trabalho, ensinando ao mesmo os seus direitos e deveres como empregado. Além disso, é imprescindível a efetivação, por meio de fiscalizações por parte do MEC, da presença de psicólogos nas escolas, fornecendo o desenvolvimento emocional necessário para a contratação. Por fim, o Ministério do Trabalho deve incentivar, com campanhas midiáticas, essa inserção, relatando em tais mídias a qualidade dos novos profissionais e a importância de dar-lhes a oportunidade de construir uma longa carreira.