Enviada em: 02/08/2018

No atual contexto brasileiro, o desemprego é uma realidade nos mais diversos estratos sociais, mesmo que em diferentes intensidades. Tal cenário é consequência, principalmente, de dois fatores: as mudanças no meio de produção - causando o desemprego estrutural - e a crise que assola o país - resultando no desemprego conjuntural. Em meio a essa situação, os jovens em busca de suas primeiras experiências no mercado de trabalho são os mais prejudicados.  Tendo em vista as mudanças ocorridas nos meios de produção - advinda da Segunda Revolução Industrial, no século XIX - como a introdução da mão de obra mecanizada e de novos recursos tecnológicos, houve uma significativa diminuição de postos, dificultando assim, o acesso da população em geral à uma oportunidade de emprego, mas sobretudo a população mais jovem, devido sua inexperiência. Quanto mais o mercado torna-se concorrido, menos chances são dadas aos iniciantes, fazendo com que os mesmos tenham que recorrer ao mercado informal ou para áreas não condizentes à sua formação. Tal problemática caracteriza o desemprego estrutural, não sendo esse uma particularidade brasileira, mas sim uma realidade mundial. Em conseguinte, há ainda mais um transtorno: a fuga de cérebros.   O fenômeno da fuga de cérebros, comum nos países subdesenvolvidos e emergentes, é identificada quando um indivíduo qualificado não encontra em seu país de origem oportunidades de emprego condizentes com suas aptidões, assim, emigrando para países mais desenvolvidos e preparados. Tal questão é custosa para seu país de origem pois lhe acarreta uma falta de mão de obra hábil. Visto que a crise brasileira tem afetado diretamente as oportunidades de emprego no país (tornando real o desemprego conjuntural), os casos de fugas de cérebros tendem a crescer e assim, levando os recém-formados a preferirem uma vida no exterior.   Portanto, cabe ao governo elaborar projetos visando o oferecimento de empregos formais aos mais inexperientes e das empresas públicas ou privadas uma maior abertura para os mais jovens, deixando-os adquirir conhecimento técnicos e práticos, uma vez que será benéfico para ambos. A intensificação de projetos de parceria entre as universidades e o mercado de trabalho também é um meio de preparar e ajudar o estudante na busca pelo seu primeiro emprego.