Em decorrência da crise econômica que o Brasil enfrenta desde meados de 2014, teve-se a redução das ofertas de trabalho. Desse modo, percebe-se que o cenário de recessão proporciona aos jovens dificuldades para arrumar emprego. Nesse contexto, há dois fatores que não podem ser negligenciados, como o contexto social ao qual se encontra cada jovem e as exigências do mercado de trabalho. Em primeira análise, cabe pontuar que cada indivíduo está submetido a sua condição de vida, logo, cada um terá um tipo de oportunidade. Comprova-se isso por meio do estudo do fato social de Émile Durkheim onde o indivíduo é produto do meio ao qual está inserido. Há quem estuda se trabalhar para bancar, há quem procura emprego depois dos estudos e também quem trabalha para sobreviver, vale ressaltar também que a aptidão e satisfação profissional são importantes para aceitação de uma vaga, muito embora poucos possam escolher. Segundo Voltaire, o trabalho livra o homem de três males: o vício, o tédio e a necessidade, dessa forma vê-se que a ocupação supre as faltas e anseios do homem. Ademais, convém frisar que o mercado de trabalho cada vez mais exigente não acolhe o jovem como deveria. Uma prova disso, está nos dados divulgados, em 2017, pelo Instituto de Pesquisa Aplicada que mostram que as maiores vítimas da recessão foram os jovens. Diante disso, percebe-se que a experiência e a qualificação são decisivas na permanência ou não do trabalhador mais novo. A problemática está em exigir tempo de serviço de quem não consegue possuí-lo, é um ciclo que requer intervenção. Torna-se evidente, portanto, que a ação dos Ministérios da Educação e Trabalho se faz necessária. É imprescindível que nas escolas haja espaço para aulas de capacitação e orientação profissional. Além disso nas empresas públicas e privadas devem haver vagas para jovem aprendiz. Sendo assim, o jovem além de encontrar sua vocação poderá competir com equidade por um trabalho, logo, as dificuldades de inserção seriam atenuadas.