Enviada em: 05/08/2018

Devido à necessidade de manter uma alta produtividade muitas empresas optam pela contratação de pessoas com experiência e de maior qualificação profissional. Consequentemente, os jovens que pretendem ingressar no mercado de trabalho têm maior dificuldade para serem contratados pela mesmas.     Tendo em vista o exposto e todo processo de desenvolvimento econômico brasileiro, existe maior oferta de mão de obra do que de emprego. Soma-se a isso, o sistema capitalista que visa maior produtividade em menor tempo. Assim, uma pessoa experiente se torna mais interessante para um empregador do que outra que está ingressando e precisa de treinamento, ou seja, mais tempo e contribui com menor produtividade para a empresa contratante.     Desta forma, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de setembro de 2017, do total de desempregados na faixa etária de 18 a 24 anos, apenas 25% foram empregados contra 57% que não conseguiram emprego. Tal informação corrobora o exposto e também evidencia que a maioria dos jovens não apresentam qualificações ou certificados atrativos para qualquer um dos diversos setores presentes em uma empresa. A simples conclusão do ensino médio não os tornam influentes e isso contribui para que muitos jovens se mantenham na busca do primeiro salário.     Portanto, medidas que aumentem a contratação e a valorização dos jovens precisam ser produzidas. O Governo Federal deve criar normas que incentivem a admissão de pessoal com idade entre 18 e 24 anos, um exemplo para que isso seja possível, pode ser a diminuição de uma porcentagem na tarifa fiscal de determinada empresa para cada quantidade X de funcionários contratados na faixa etária indicada. Outra ação seria tornar os jovens mais capacitados. A partir da atuação conjunta do Ministério da Educação e do Trabalho, em que ambos promoveriam nos colégios públicos e particulares oficinas, seminários e palestras gratuitas, com entrega de certificado aos participantes, sobre gestão empresarial, administração, segurança do trabalho, contabilidade e entre outros.     Tais feitorias tornariam os jovens mais interessantes de serem contratados. Com isso, as empresas, apesar da produtividade diminuída, economizariam nos impostos e teriam pessoal com certificados que comprovam maior qualificação profissional.