Enviada em: 24/08/2018

Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se imobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa as dificuldades enfrentadas pelos jovens brasileiros para se ingressarem no mercado de trabalho, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado somente na teoria e não desejavelmente na prática. Nesse sentido, convém a análise dos obstáculos presentes na busca pelo primeiro emprego.       É indubitável que a inexperiência é uma das causas do problema. Quando se observa a probabilidade de um jovem, o qual, nunca trabalhou, comparada a outro que já exerceu função de algum cargo, nota-se uma vantagem de 64% a mais de chances de conseguir o emprego a pessoa com mais experiência, segundo dados da Pesquisa Mensal do Emprego (PME).      Outrossim, destaca-se a opção por funcionários experientes como preferência no mercado de trabalho, como impulsionador do problema. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e pensar, dotada da exterioridade, coercitividade e generalidade. De maneira análoga, observa-se que no Brasil, há uma certa desconfiança em oferecer grandes responsabilidades aos jovens, por parte das empresas, isto é, as atitudes demonstradas pela grande maioria, no decorrer do dia-a-dia, acabam influenciando na hora de contratar.       Por conseguinte, é mister que o Ministério da Educação (MEC), proponha aos professores de todas as escolas brasileiras, trabalharem sobre as responsabilidades ao exercer uma função, tirando as dúvidas dos alunos sobre o trabalho. Ademais, o Ministério da Justiça deve estabelecer uma lei rígida que as empresas de todo o país ofereça um determinado número de jovens funcionários, a fim de que o tecido social se desprenda de certos tabus, para que não viva a realidade das sombras, assim como na alegoria da caverna de Platão.