Enviada em: 26/08/2018

De acordo com o filósofo Platão, a qualidade de vida tem tamanha importância, de modo que ultrapassa a da própria existência. Dessa forma, é mais importante viver bem do que simplesmente viver. Entretanto, o desemprego entre os jovens, fruto do despreparo laboral e do embate entre a vocação pessoal e o sucesso profissional, ameaça o bem-estar dessas pessoas. Assim, é necessário discutir os caminhos para inserir esse público no mercado de trabalho.     Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em 2017, os jovens compunham a maior taxa de desempregados no Brasil. Isso é reflexo da inadequação entre o que é aprendido nas escolas durante o ensino básico e o que de fato é exigido do indivíduo nas empresas. Como exemplo, pode-se citar o pleno domínio das tecnologias da informação, satisfatório atendimento ao consumidor e noções de administração, economia e marketing, além da constante atualização no tocante às tendências empresariais globais que possam ser implementadas em seus trabalhos. Por isso, sem esses atributos, a mão de obra torna-se simplória e facilmente substituível.     Paralelamente, o dilema entre satisfazer o desejo pessoal de determinada profissão menos valorizadas ou conseguir um emprego de elevado status social aflige muitos jovens durante a época de vestibular. De um lado, há a pressão feita por muitas famílias para que eles escolham um trabalho de estabilidade garantida; de outro, há a paixão por um ofício diferente, com menos chances de ascensão socioeconômica, mas que será o prazer e a vocação do futuro trabalhador. No entanto, salienta-se que, em qualquer ramo, aquilo que se faz com dedicação, criatividade e estratégia, indubitavelmente resultará em sucesso, pois o mercado de trabalho é dinâmico e há espaço para todos que estejam dispostos a investirem tempo e recursos em suas carreiras, com a melhoria da autoimagem, cursos de especialização e propagandas inovadoras.         Por fim, de acordo com a Lei da Inércia, de Newton, um corpo tende a permanecer no seu estado inicial até que uma força atue sobre ele, mudando seu rumo. Nesse sentido, é imprescindível que o MEC integre nas escolas de cada município, aulas básicas de Economia, Administração e Marketing, com os respectivos professores especialistas e a infraestrutura necessária para a efetivação do projeto, a fim de capacitar o público juvenil para o que as empresas realmente exigem deles. Além disso, cabe aos colégios promover gincanas com tarefas típicas de algumas profissões para direcionar as vocações dos alunos e incentivar-lhes a competitividade e o aperfeiçoamento técnico constante.