Enviada em: 27/09/2018

No contexto da Revolução Industrial, no século XVIII, houve uma grande mudança na sociedade moderna, sobretudo no âmbito do trabalho. Com o implemento das novas formas de produção, ampliou-se a demanda por mão de obra, o que resultou na admissão demasiada da população jovem. No entanto, percebe-se que, atualmente, em virtude das alterações do mercado mundial, as empresas estão cada vez mais exigentes no que tange as qualificações profissionais dos indivíduos, o que tem resultado em dificuldades de ingresso no mercado de trabalho pela população menos experiente. Assim, deve-se analisar o papel governamental e educacional nesse processo.      À priori, é indubitável que a questão governamental e a sua administração estejam entre as causas do impasse. Segundo o filósofo Aristóteles, a política deve ser usada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que a falta de apoio do setor público aos jovens no que se refere ao preparo para o mercado de trabalho rompe essa harmonia, tendo em vista que, de acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, em 2017, a taxa de desemprego entre jovens, no Brasil, estava em 30%. Isso ocorre, principalmente, devido a não adequação da formação profissional desse público ao atual cenário do mercado, o qual busca, cada vez mais, pessoas qualificadas com cursos extras, como técnicos e idiomáticos.      Outrossim, destaca-se o atual método pedagógico vigente nas escolas brasileiras como grande impulsionador do problema. De acordo com Paulo Freire, a educação exerce grande influencia no aperfeiçoamento da humanidade. Seguindo essa linha de pensamento, o processo de aprendizagem que é difundido em grande parte das instituições de ensino brasileiras, o qual é dado mais ênfase às matérias que caem em provas em detrimento do estudo de questões importantes, como economia e política, resulta na formação de pessoas inexperientes e despreparadas para o ingresso no mercado de trabalho. Consequentemente, há um aumento no número de jovens em subempregos, além da ampliação da criminalidade, resultado das escassas oportunidades laborais.      Em suma, fica claro que a desqualificação profissional dos jovens é o principal fator de dificulta o ingresso dessa população ao mercado de trabalho. Sendo assim, é fundamental que o Governo Federal estabeleça medidas que tentem minimizar a problemática, proporcionando a esses indivíduos oportunidades de crescimento. Cabe ao Ministério da Educação implementar uma reforma no ensino médio, incluindo ao currículo acadêmico o estudo de cursos técnicos em diversas áreas, como elétrica e financeira, além de projetos práticos, a fim de garantir aos estudantes experiencia com o que o mundo moderno exige. Dessa forma, a qualidade de vida nacional será demasiadamente ampliada.