Enviada em: 03/10/2018

Promulgada pela Organização das Nações Unidas em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito ao emprego e ao bem estar social. Conquanto, devido a recessão econômica e ao conservadorismo empregatício vigentes no Brasil do século XXI, muitos jovens não conseguem usufruir desse direito na prática. Nesse contexto, cabe analisarmos as principais causas, bem como as consequências de tal postura negligente para a sociedade.   Em primeira análise, convém ressaltar que investimentos quanto a inserção de jovens no mercado de trabalho é, hoje, um dos principais fatores para o desenvolvimento de um país. Hodiernamente, ao ocupar a nona posição da economia mundial, seria racional propor que o Brasil possui uma atenção ímpar com a renovação e ampliação de vagas de empregos para seus recém formados. Contudo, a realidade é justamente o oposto e o resultado desse contrate é claramente refletido na alta taxa de desemprego de pessoas  entre 18 e 24 anos no país, de modo que, apenas, segundo a Carta Capital, 25% dos jovens conseguiram seu primeiro emprego em 2017. Nesse sentido, cabe ao Estado em parceria ao capital privado, a ampliação de empregos que visem, principalmente, a garantia do emprego e consequentemente o respeito à essa nova geração.    Além disso, faz-se mister salientar o despreparo emocional, característico dessa geração, como importante fator para sua difícil inserção no mercado de trabalho. De acordo com Claude Leví-Strauss a interpretação adequada do coletivo ocorre por meio das forças que estruturam a sociedade, como eventos histórico e as relações sociais. Nesse contexto, torna-se evidente que a incerteza de um futuro, concomitante a vasta gama de possibilidades a que as crianças e adolescente são submetidos hoje, geram diversos transtornos, como a ansiedade e depressão, o que, dessa forma, restringe a confiabilidade do empregador com relação aos  jovens, e por consequência provoca inúmeras patologias, como o crescimento do trabalho informal e das desigualdades sociais.    É evidente portanto, que medidas são necessárias para que se reverta esse cenário preocupante da inserção dos jovens no mercado de trabalho no Brasil. Nesse contexto, para que o ramo empresarial seja estimulado a contratação de mão-de-obra sem experiencia formal, urge que o Ministério do Trabalho em parceria com a iniciativa privada, regulamentem a obrigatoriedade de que uma parcela de vagas abertas ao público sejam destinadas a pessoas recém formadas ou que não tenham tido acesso ao primeiro emprego ainda, por meio incentivos fiscais às empresas e prioridade quanto a disputa de licitações públicas. Dessa forma, o Brasil poderá amenizar os efeitos de uma crise mundial e garantir a todos seus cidadãos os direitos estabelecidos em sua constituição.