Enviada em: 18/04/2018

O corpo em que habitam  Durante séculos, o corpo feminino foi materializado, sendo ditado  seus atributos principalmente pela mídia e pela cultura do local, que, enraizada na sociedade patriarcal e machista, o torna fraco e sem valor, de diversas formas. A mulher, pela própria fisiologia humana, tem menos músculos que o homem, mais gorduras e curvas, o que, pode ser sinônimo de, respectivamente, submissão, fraqueza e sensulidade, levando o pensamento de que o homem é superior transformar o corpo da mulher em um objeto, visando, unicamente, seu prazer.   Grupos de mulheres se reuniram e o Feminismo surgiu no século XIX, ajudando a reduzir os impactos negativos atribuidos pela sociedade sobre o corpo feminino e trazendo-lhe mais liberdade e direitos, mostrando que o corpo da mulher é de si mesma apenas. Apesar do assédio sexual ser crime, e, de acordo com a campanha "Chega de Fiu-Fiu", 85% das mulheres entrevistadas tiveram seu corpo tocado publicamente, 83% declararam que não gostam de receber cantada na rua, e, de 2009 a 2011 foram registrados mais de 17.000 feminicídios no Brasil, segundo o Ipea.  A realidade do gênero feminino ainda é preocupante e a luta para que seus direitos sejam respeitados está longe de terminar, apesar de diversas conquistas, as mulheres sofrem preconceitos mesmo em sua rotina do dia-a-dia, em seu próprio emprego, transporte, aulas, bares, e demais atividades.   Se tornar mulher é um processo difícil: logo em tenra idade os hormônios agem sobre o corpo, transformando-o em adulto, contudo, o psicológico ainda é de uma menina, e é necessário amadurecê-lo o quanto antes para poder proteger a si mesma e sofrer o mínimo de abuso possível.   Infelizmente é difícil mudar uma cultura em que músicas fazem apologia ao estupro, que novelas tratam as mulheres como frágeis e dominada, não obstante, cada pequena mudança e conquista, significa muito para um futuro, talvez, mais justo.