Enviada em: 10/06/2018

De acordo com o sociólogo Émile Durkheim, a sociedade pode ser comparada a um “corpo biológico” por ser, assim como esse, composta por partes que interagem entre si. Desse modo, para que esse organismo seja igualitário e coeso, é necessário que todos os direitos dos cidadãos sejam garantidos. Contudo, no Brasil, isso não ocorre, pois em pleno século XXI as mulheres ainda são alvos de assédio sexual, e esse quadro de persistência de maus tratos com esse setor é fruto, principalmente, de uma cultura de valorização do sexo masculino e de punições lentas e pouco eficientes por parte do Governo.     De maneira análoga, casos relatados cotidianamente evidenciam o conservadorismo do pensamento da população brasileira. Tal fato pode ser comprovado pelas constantes notícias sobre o assédio sexual sofrido por mulheres em espaços públicos, como no metrô paulistano. Essas ações e a pequena reação a fim de acabar com o problema sofrido pela mulher demonstram a normalidade da postura machista da sociedade e a permissão velada para o seu acontecimento. Esses constantes casos são frutos do pensamento machista que domina a sociedade e descende diretamente do paternalismo em que cresceu a nação.    Além disso, devido à postura machista da sociedade, os casos de assédio sexual no Brasil permanece na contemporaneidade, inclusive dentro do Estado. Dessa forma, de acordo com os noticiários e programas televisores mostram que as mulheres sofrem com assédio sexual até mesmo na perspectiva de seu trabalho, como por exemplo: o caso ocorrido em 1997 com a atriz americana Ashley Judd, enquanto estava fazendo um teste para um grande filme. Logo, percebe-se que as mulheres têm suas imagens difamadas e seus direitos negligenciados por causa de uma cultural geral sexista.        Infere-se, portanto, que o  assédio contra esse setor, ainda é uma realidade brasileira, pois ainda há entraves para garantir solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor, além do Estado agir de forma lenta. Para que o Brasil seja mais articulado como um “corpo biológico” cabe ao Governo fazer parceria com as ONGs, para que elas possam encaminhar, mais rapidamente, os casos de assédio sexual às delegacias especializadas de atendimento à mulher (DEAM) e o Estado fiscalizar severamente o andamento dos processos. Passa a ser a função também das instituições de educação promoverem aulas de Sociologia, História e Biologia, que enfatizem os desafios do abuso sexual, por meio de palestras, materiais históricos e produções culturais, com o intuito de amenizar e, futuramente, acabar com o patriarcalismo. Outras medidas devem ser tomadas, mas, como disse Oscar Wilde:“O primeiro passo é o mais importante na evolução de um homem ou nação.”