Enviada em: 24/06/2018

Desde os primórdios da humanidade, a subjugação e assédios contra mulheres eram justificadas de várias formas, especialmente como uma tarefa a ser seguida pelo homem, ser considerado mais ‘’capacitado’’. Entretanto, há um detalhe na história da humanidade que permanece quase imutável: o assédio sexual sofrido por mulheres. Houve revolução, evolução e reivindicação, e mesmo assim há áreas em que mulheres são tratados com inferioridade e assédios sexuais. Tal quadro ocorre devido à uma cultura patriarcalista com moldes europeus e carcomidos poderes governamentais - Legislativo e Judiciário, no âmbito punitivo.     Numa primeira instância, são perceptíveis aspectos patriarcais europeus que permeiam o assédio sexual no país. Nesse viés, o Brasil, construído pela miscigenação de povos, trouxeram consigo amargas raízes de imposição às mulheres, considerada inferior e submissa a imposição masculina. Nesse contexto de superioridade moral, comportamentos são enraizados e seguidos pela sociedade, sendo passados por gerações, no qual a naturalização de torturas psicológicas, morais e sexuais em diversos locais são omitidos sobre mulheres. Posto isso, de acordo com o Nexo, 7 em cada 10 mulheres já sofreram assédios sexuais no ambiente de trabalho, ratificando, assim, amarras patriarcais e conservadorismo como exponencial de assédios corporais no país.      Além disso, a debilidade no processo legislativo e punitivo são entraves que dificultam a redução de assédios. Sob esse ângulo, processo de julgamentos não resolvidos e leis atenuadas dão lugar à passividade diante tal situação no país, em que a questão moral, ou seja, o medo, é uma causa de desencorajo de inúmeras denúncias- já que processos são longos e, por vezes, não resolvidos, colocam a mulher sob visão de retaguarda em acusações e suas consequências, caso não resolvida. Dessa forma, vê-se que uma débil governamental na aplicações e punição de leis contra assédios, necessitando ações mútuas de órgãos.         Dessarte, infere-se que o papel da mulher ao longo da história se modificou à medida em que a sociedade flexibilizou seu modo de pensar, sendo necessário sanar assédios hodiernamente. É mister, portanto, que o Governo Federal crie delegacias especializadas em queixas de perseguições sexuais e suas abrangências abusivas, por meio do apoio de ONGs, com psicólogos, na manutenção da integridade da vítima, além de um encaminhamento mais rápido para que processos sejam resolvidos no tempo legal. Ademais, é elementar que o Legislativo crie projetos de leis para o aumento punitivo de agressores, para que seja possível diminuir a reincidência destes em sociedade, consoante um Estado fiscalizador e hábil às denúncias e processos.