Enviada em: 24/06/2018

Segundo o filósofo Jean-Paul Sartre, a violência, seja qual for a maneira que ela se manifesta, é sempre uma derrota. Dessa forma, pode-se observar que, hodiernamente, a figura feminina é alvo de grandes percalços, como o assédio sexual. Tal problemática encontra-se enraizada historicamente na sociedade brasileira, visto que, são desafios para a redução da mesma, a ineficiência dos códigos de lei e o machismo cultural.      Em primeiro plano, os códigos de lei apesar de apresentarem avanços, ainda encontram-se ineficientes acerca do assédio sexual. A impunidade dos infratores, os processos lentos e a falta de auxílio a vítima promovem subterfúgios a este cenário; onde mulheres amedrontadas e reprimidas acabam não relatando os casos de assédio e, dessa forma, corroborando para a continuação dos atos transgressores.     Outrossim, é indubitável que a questão do patriarcalismo como fator cultural atrelado na sociedade favorece que tal conjuntura permaneça em inércia. Dessa forma, análogo ao pensamento Newtoniano, de que um corpo tende a permanecer como estar, até que uma força atue sobre ele, o tecido social brasileiro patriarcal hierárquico continuará a apresentar configurações assediadoras machistas até que tal mentalidade arcaica seja desconstruída.      Portanto, medidas são necessárias para a redução dos casos de assédio sexual. É mister que, o poder Legislativo crie novas leis e solidifique as que já estão vigentes; o Executivo, administre políticas públicas de proteção a vítima, para que as mesmas sejam encorajadas a denunciar tais casos. A participação da educação é imprescindível na desconstrução de paradigmas culturais como o patriarcado e o machismo, nesse sentido, o Ministério da Educação pode fomentar debates, rodas de conversa e palestras nas escolas sobre tais problemas, assim, contribuindo para a formação de uma sociedade menos violenta e mais equitativa.