Enviada em: 23/06/2018

A primeira corrente literária brasileira foi o "Barroco", criado em 1601, que teve como uma de suas características a associação da mulher à Eva - personalidade que habita o Éden junto a Adão no conto bíblico-, e retratava a figura feminina como algo inferior que desviaria o homem de seu caminho à salvação. Hoje, as mulheres ainda são vistas como ínferas e tratadas como objetos pela sociedade, o que torna recorrentes os casos de assédio no Brasil. Isso se dá em consonância de fatores como a extrema sexualização feminina e a concepção errônea de que a mulher existe para o homem. O que urge pela tomada de medidas para a resolução da temática.     Assim, um dos desafios para a redução do assédio é a forte sexualização da persona feminina, que é induzida a acreditar que precisa  agradar o sexo oposto seguindo um padrão físico imposto pelo meio social. Isso é prejudicial para as meninas pois aumenta a chance do desenvolvimento de quadros de depressão na busca do corpo ideal, e, ainda, ausenta o homem de culpa quando casos assim acontecem, contando que a vaidade feminina é vista como sinônimo de provocação, o que é irreal e compromete a dignidade das cidadãs.      Ainda, conforme Sócrates: "Os erros são fruto da ignorância humana". Assim, a ideia de que a existência da mulher se resume ao homem é fruto do machismo intrínseco à história brasileira e não poderia estar mais longe da verdade, visto que o gênero feminino tem ganhado cada vez mais espaço na sociedade e se mostra cada vez mais capaz de viver por si, em autonomia.     Infere-se, portanto, a necessidade da ação de órgãos como o dos Direitos Humanos em parceria com a Mídia, criando palestras e campanhas orientadoras que mostrem a gravidade do assédio por meio da internet para que haja um maior alcance social, a fim de que esse tipo de violência deixe de ser banalizada socialmente. Aumentam, assim, as chances da plena e legítima realização da cidadania feminina no Brasil.