Enviada em: 24/06/2018

As mulheres são continuamente acometidas por atitudes abusivas de indivíduos que as comparam a meros objetos criados para satisfazerem suas vontades. Trata-se de uma triste herança cultural machista que permite o uso de insinuações e propostas de cunho sexual.      Recentemente, vários episódios de assédio na indústria cinematográfica chamaram à atenção, pois mulheres se encorajaram e denunciaram seus molestadores, que embora hierarquicamente superiores em suas funções, foram punidos por seus atos.       Alguns homens por assumirem cargos de comando, exigem submissão feminina a ponto de servi-los da maneira como lhes convier. Surge então o assédio sexual no ambiente de trabalho, por vezes, associado à ameaça de demissão ou à oferta de promoção e ascensão na empresa.       Tais práticas, embora ilegais, são muito comuns à nossa volta. Sempre acontece de mulheres serem molestadas dentro de ônibus, consultórios médicos, em suas próprias casas por um familiar próximo, escutam palavras obscenas na rua, e o pior, sob ameaça de perder a liberdade, a proteção, o emprego e até mesmo a própria vida se denunciarem.       Para que tais condutas sejam erradicadas é fundamental que o governo invista em programas educacionais voltados à conscientização de homens e mulheres, gerando respeito e valorização entre eles, incentivando as denúncias, reduzindo a impunidade e a perpetuação das práticas abusivas.     De acordo com o escritor Ernest Lippmann "Assédio sexual é a cantada desfigurada pelo abuso de poder, que ofende a honra e a dignidade do assediado". Portanto, é necessário que o poder legislativo crie leis mais rígidas contra esse tipo de ofensa, acrescidas da garantia de proteção contra ameaças e continuidade de suas funções sem prejuízo moral ou físico, extinguindo assim o medo de denunciar.