Enviada em: 21/06/2018

Segundo o pensamento do sociólogo Claude Lévi-Strauss, a interpretação adequada do coletivo ocorre por meio do entendimento das forças que estruturam a sociedade, como os eventos históricos e as relações sociais. Esse panorama auxilia na análise da questão dos desafios de casos de assédio sexual, visto que a comunidade, historicamente, marginaliza as minorias, o que promove a falta de apoio da população e do estado para com as mulheres, dificultando a sua participação plena no corpo social, o que evidencia uma crise social.     Em primeiro plano, evidencia-se que a coletividade brasileira é estruturada por um modelo excludente imposto pelos grupos dominantes, no qual o indivíduo que não atende os requisitos estabelecidos, branco e abastado, sofre uma periferização social. Assim ao analisar a sociedade pela visão de Lévi-Strauss, nota-se que as mulheres não são valorizadas de forma plena, pois as suas necessidades de inclusão social são tidas como uma obrigação pessoal, sendo que esses deveres, na realidade, são coletivos e estatais. Com isso, basta refletir em relação a uma pesquisa feita pela Organização não governamental Think Olga, mostra que 99,6% das 7,7 mil mulheres entrevistadas já sofreram assédio.      Outro ponto relevante nessa temática, é o conceito de modernidade líquida de Zygmunt Bauman, que explica a queda das atitudes éticas pela fluidez dos valores, a fim de atender aos interesses pessoais, aumentando o individualismos. Desse modo, o sujeito, ao estar imerso nesse panorama líquido, acaba por perpetuar a exclusão e a dificuldade de andar nas ruas, com roupas curtas, sem o medo de sofrer algum tipo de assédio, por causa da redução do olhar sobre o bem estar dos menos favorecidos. Em vista disso, os desafios para diminuir esses abusos estão presentes na estruturação desigual e opressora da coletividade, bem como em seu viés individualista, diminuindo as oportunidades sociais e direito ao respeito.     É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de politicas que visem à construção de um mundo melhor. Desarte, o governo deve criar leis mais rígidas para quem pratica esse atos, promovendo, a segurança, para que assim as mulheres passem a usar as roupas que quiserem sem serem julgadas, e andem nas ruas tranquilamente, sem receber olhares tortos, palavras desnecessárias, e de baixo calão. Logo, o ministério da educação(MEC) deve instituir, nas escolas, palestras ministradas por psicólogos, que discutam  o combate a esses assédios, a fim de construir o progresso sem desconsiderar a ordem. Já dizia o politico ativista Nelson Mandela, A educação é a maior arma que se pode usar para mudar o mundo.