Enviada em: 24/06/2018

Mostrar que diferentes situações comuns são, na verdade, assédio é uma forma de se validar as violências sofridas diariamente pelas mulheres, principais vítimas de assédio. E ainda, retirar a culpa da vítima é uma preocupação, tendo em vista que muitas pessoas acreditam que o fato de uma pessoa se vestir, se comportar e do lugar que frequenta pode justificar uma agressão, seja ela física ou verbal , como estar em uma festa e passarem a mão no seu cabelo sem permissão ou receber uma cantada na rua.       A curto prazo, para redução de assédio sexual, podemos continuar informando às pessoas que a culpa de um assédio é apenas o assediador, que em sua maioria é do sexo masculino. E incentivar que vítimas procurem apoio e ajuda para denunciar seus assediadores. Levar informações, promover rodas de conversas e palestras no nosso meio, afim de trazer esclarecimentos sobre o assunto, caracterizando o que é assédio sexual, pois algumas atitudes não são reconhecidas por acharem que assédio sexual está intimamente ligado somente ao ato sexual em si, enquanto vai muito além disso.        A médio prazo, podemos fazer uso de políticas públicas que resguardem o grupo majoritariamente afetado, que são as mulheres. Como já existem, os vagões de metrô de uso exclusivo, canais de denúncias, veiculação de informações e campanhas governamentais ou publicitárias em períodos festivos, como o carnaval. E exigir que os casos de denúncia sejam levados adiante e que os assediadores sofram consequências.       E, claro, a longo prazo , fazendo trabalhos de conscientização nas escolas, afim de que, desde cedo, as crianças aprendam a respeitar o outro, quebrando ciclos de reprodução de assédio, e no âmbito familiar, passando às gerações futuras de que podemos trazer mudanças quando estamos dispostos a mudar nossas atitudes.        Portanto, os desafios para reduzir os casos de assédio são inúmeros e as ações precisam ser constantes com a finalidade de erradicá-lo no futuro.