Enviada em: 14/02/2018

Desde os primórdios da humanidade a mulher majoritariamente ficou em uma posição submissa ao homem, além de situações que hoje são vistas como assédio sexual antes poderiam ser culturalmente aceitas e toleradas. Diante deste cenário, inúmeras mudanças ocorreram e atualmente na maioria dos países democráticos as mulheres estão mais próximas de uma equiparação social com os homens. Contudo, ainda existem desigualdades e problemas que precisam ser corrigidos para que pressupostos básicos, como a igualdade entre os sexos sejam cumpridos.                Nesse sentido, a marcante presença de um cenário histórico e cultural, no caso do Brasil, com forte conotação machista e preconceituosa contra as mulheres, impactam até os dias atuais a maneira como o sexo feminino é visto e abordado na sociedade. Posto que situações como o assédio sexual, tem muitas vezes um julgamento social atenuado existindo até mesmo uma espécie de pré-julgamento da mulher. Além disso, qualquer tipo de ato ou agressão deve ter a culpa incutida apenas no agressor, não existindo justificativas plausíveis para culpar a mulher, entretanto, devido ao forte preconceito social, muitas vezes a ré do julgamento social se torna a própria mulher, como o simples fato de usar determinada roupa não "recatada", o que expõe o desequilíbrio de uma isonomia que deveria existir.             Por outro lado, essa situação se mantém também no Brasil por falta de representação política, haja vista que apesar de mais da metade da população brasileira ser do sexo feminino, apenas um décimo as representam no Congresso Nacional. Dessa forma, na ausência de mais apoio político em medidas efetivas que assegurem a proteção a direitos básicos e necessários impossibilitam sua concretização. Posto que, a existência de leis mais rígidas e eficientes possibilitariam mudanças mais rápidas nesse cenário, influenciando até mesmo a cultura social de inferiorização da mulher.                É imprescindível, portanto, mudar o cenário da realidade brasileira e reduzir os casos de assédio e preconceito presentes. Nesse sentido caberia uma reforma política que abrangesse inclusive um percentual mínimo de vagas reservadas a parlamentares do sexo feminino, baseado no censo do IBGE. Ademais, poderia haver um plebiscito, movido por ação popular para consultar a população e também dar apoio a mudança. Para que assim se alcançasse mais facilmente medidas para dar isonomia a todos os cidadãos, independente do sexo.