Enviada em: 22/02/2018

Durante o período Colonial, mas precisamente durante o ciclo econômico do açúcar, a sociedade rural era baseada no modelo patriarcal de família, que caracteriza-se por ter como figura central o senhor de engenho, o chefe da família e administrador da lavoura. Esse modelo machista de sociedade, no qual se valoriza a figura masculina, e em contrapartida inferioriza a feminina é o precursor de todo machismo presente na sociedade contemporânea, observado diariamente em diversas formas de assédio sexual contra mulheres.  Infelizmente, ainda vigora no pensamento masculino a falsa noção de que mulheres gostem de serem elogiadas ou até mesmo tocadas, sem seu consentimento. De acordo, como uma pesquisa realizada pela campanha ''Chega de Fiu Fiu'', oitenta e cinco por cento das mulheres já foram tocadas em espaços públicos sem seu consentimento, e destas mesmas, oitenta e três por cento declararam não gostar desses atos, que violam sua propriedade máxima, seu corpo.    É notável, também, a influência da mídia no pensamento machista. Homens são bombardeados diariamente, desde a mais tenra idade, por novelas, filmes, videogames e campanhas publicitárias que objetificam a figura feminina, está geralmente representada por mulheres semi-nuas e de baixo intelecto, transformando a mulher em apenas um objeto sexual.    Logo, é de deveras importância o combate a toda forma e incentivo ao assédio sexual. Para tal, é necessário a ação do estado e dos meios midiáticos. A Câmara dos Deputados deve focar na elaboração de leis mais rigorosas para com assediadores, como o aumento da punição, além de uma lei que obriga a participação desses criminosos em aulas de ressocialização, de modo que não voltem a praticar assédio contra mulheres. As mídias também tem o dever de mudar a forma como mulheres são representadas, através de personagens inteligentes e fortes, que mostrem o verdadeiro valor feminino na sociedade. Dessa forma, será possível o rumo a uma sociedade menos machista e mais respeitosa.