Enviada em: 27/02/2018

A superioridade de raça existe no mundo desde tempos remotos, entretanto, a conquista pela educação e ciência moldou paulatinamente o modo de agir e pensar dos indivíduos. Ainda assim, se ver na atual conjuntura social manifestações de assédio sexual que reafirmam práticas machistas na sociedade, corroboradas pela ineficácia governamental em cumprir as leis de proteção individual somada à um sistema educacional arcaico que tornam um desafio a redução desses casos, sendo mister seu solucionamento.       Nesse contexto, partindo do pressuposto de isonomia, igualdade constitucional entre indivíduos, as mulheres possuem seus direitos desrespeitados, haja vista que, são coibidas de expressar-se publicamente, em uma sociedade machista que possuem uma visão de inferioridade e objeto sexual do gênero feminino, sendo reafirmada diariamente com atitudes machistas, como : o pensamento de que a mulher não pode vestir-se como quiser e práticas de importuno, como uma repressão sexual que muitas vezes terminam em ato de molestamento. Em pesquisa corroborada pela jornalista Juliana de Faria se tem um percentual de 85% das entrevistas que já tiveram seu corpo tocado, em espaço público, sem sua permissão.       Ademais, um sistema educacional arcaico no Brasil colabora para a formação de um pensamento misógino, tendo em vista a falta de abordagem do assunto nas instituições. Durkheim proferia que o fato social é a maneira de agir e pensar, sendo indubitável a veracidade da aplicação na vida real, cujo pensamento é formado em detrimento de concepções individuais, logo, uma educação falha propicia o pensamento de distinção de grupos, ao passo que indivíduos permanecem no subterfúgio mental conseguinte de século remotos. Segundo o geógrafo Milton Santos, alienado são aqueles que enxergam o que os separam.        Destarte, se faz urge a redução nos casos de assédio e a solução do que o torna dificultoso. O Governo Federal deve implementar políticas públicas que assegurem o princípio de isonomia e garantam a segurança individual das mulheres para que as mesmas sintam-se seguras em âmbito público. Ademais, as instituições de ensino devem abordar o assunto em palestras e discussões em uma tentativa de mudar esse pensamento machista, para que nos unamos e saiamos do dito por Milton Santos.