Nos tempos hodiernos, o país tem enfrentado diversos problemas. O assédio sexual tem atingido pessoas de diversos países, e o Brasil não fica de fora desse fato. Há uma variedade exorbitante de fatores que auxiliam de forma que esse impasse não venha ser resolvido com êxito, tais como: as mulheres, que são as principais vítimas, não denunciarem seus assediadores, e de o assédio ser algo antigo, e logo, enraizado à sociedade e fortalecido com a presença do machismo. São múltiplos os motivos que levam as mulheres a não denunciarem seus assediadores. Vale ressaltar nesse contexto, o medo em que as vítimas têm de seus assediadores, e de possíveis represálias destes contra seus filhos, parentes, ou até mesmo contra ela. Um dado estatístico diz que, em 2015, 45.460 casos de assédio sexual chegaram ao seu ápice, ou seja, ao estupro, todavia esses casos representam, segundo especialistas no assunto, entre 10% e 15% do total de casos realmente ocorridos. Isso sucede devido ao medo que as mulheres sentem ao denunciar seus agressores. No livro bíblico de Gênesis, no capítulo número 39, no versículo número 7, encontra-se um caso de assédio sexual ocorrido por volta de 1.700 anos A.C. sofrido por José, no Egito, pela esposa de seu senhor, Potifar. É evidente que a época é diferente, porém, os costumes bem parecidos. Nos dias atuais, a maioria dos casos são sofridos por mulheres, cerca de 86% das mulheres que participaram de uma entrevistas feita pela YouGov, no Brasil, alegaram que já sofreram algum tipo de assédio de cunho sexual. Silvia Chakian, Promotora de Justiça do Ministério Público de São Paulo diz que "A análise do comportamento é deslocada para a vítima, e não para o violador.", nesse contexto, é possível afirmar que o machismo, e a cultura que ele traz à sociedade impõe às mulheres a culpa por elas sofrerem o assédio sexual, devido a seu modo de vestir, falar e olhar. Um grande absurdo, pois não se pode culpar a vítima de algo que ela não quis sofrer. O Estado deve, obrigatoriamente por ser o órgão responsável por oferecer educação de qualidade, portanto, propôr palestras e seminários explicando o que constitui o assédio sexual, e o que será feito a partir de uma denuncia de assédio sexual, ora em ambiente de trabalho, ora em ambiente público. Enquanto o machismo estiver fortalecido na sociedade, é importante que haja a dedicação de apresentar às mulheres que saiam de casa com roupas mais apropriadas, não que elas não possam sair de suas casas com determinadas roupas, porém, cabe ressaltar que é melhor prevenir do que remediar, ou seja, é agradável que, a curto prazo, os casos venham diminuir por esse modo, pelo menos enquanto a cultura do machismo estar enraizado e infiltrado dentro da sociedade.