Segundo dados do IBGE, cerca de 85% das mulheres já tiveram o seu corpo tocado sem permissão publicamente. A partir disso, deve-se analisar como o machismo e a impunibilidade refletem nos desafios para reduzir o assédio sexual. O machismo, oriundo de uma herança histórico-cultural trazida pelos portugueses durante a colonização do Brasil, é uma das causas de maior relevância nos casos de assédio sexual. Isso acontece devido ao sistema social vigente em que os homens adultos mantêm o poder e predominam em diversas funções: o patriarcalismo. Em decorrência disso, os indivíduos são formados com essa mentalidade da superioridade masculina, refletindo na sociedade por meio desses atos de covardia com as mulheres. Atrelado a esse comportamento, também se pode apontar a impunibilidade como um dos desafios para combater o assédio sexual. Isso decorre porque há muitos casos em que a mulher procura uma delegacia para prestar queixa e é mal acolhida ou, até, menosprezada. Entretanto, esses eventos começaram a ganhar a sua devida dimensão, quando um produtor de Hollywood foi denunciado por uma lista de mulheres famosas, gerando campanhas e mobilizando cada vez mais pessoas. Diante disso, os principais desafios para reduzir os atos de assédio sexual são o machismo e a impunibilidade. Em razão disso, cabe aos pais e às escolas - a fim de mudar essa mentalidade - conscientizarem os jovens a respeitarem as mulheres. Ademais, o judiciário deve fazer o seu papel e julgar todas as denúncias.