Enviada em: 02/06/2018

No século XIX, o Romantismo transmitia, pela representação de personagens literárias, uma conduta de submissão feminina que compactuava com valores morais da época. Mesmo após, se passado décadas e havido uma conversão de valores, tal situação ainda persiste. Mulheres são constantemente vítimas de atos machistas, demonstrando reflexos históricos e enraizados na sociedade.             Primeiramente, vale salientar, uma das principais causas do assédio sexual é a chamada misoginia. Embora, com diversas conquistas feministas, tanto no campo social como político, ainda, há um conservadorismo da qual impõem suas vestimentas, o direito de ir vir e sua autonomia. Em pesquisa feita pelo Datafolha, 42% das brasileiras relatam já ter sofrido algum tipo de assédio. Sendo a maioria em espaços públicos. Desse modo, os atos machistas são justificados, por haver uma unificação da postura feminina perante a sociedade.      Além do mais, com engajamento da redes sociais, corrobora para maiores práticas machistas, mas ao mesmo tempo há maior combate. No Instragram e Facebook, por exemplo, percebe uma maior objetivação da mulher, principalmente com seu corpo. Porém, nesses meios de comunicação também foram lançadas para que haja maior combate, conscientização e, em especial maiores denúncias. Campanhas virtuais foram lançadas, como “Meu primeiro assédio” ou frases, por exemplo, “não é não” usadas por diversas mulheres no período carnavalesco, com objetivos de denunciar e chamar a situação da sociedade para o cenário vigente.     Fica claro, portanto, a necessidade de reverter esses reflexos patriotas e conservadores ainda presente na contemporaneidade, Desse maneira, os meios de comunicação, com impacto apelativo, devem transmitir noticiários, documentários e ficções engajadas sobre a equidade de gêneros e problematizar o abuso, induzindo a reflexão e mudança de conduta dos indivíduos. Ademais, instituições de ensino em parcerias com ONGs devem coordenar palestras e oficinas educativas, com a finalidade de mostrar as crianças que todos são iguais, independente do seu gênero. Por fim, o governo sendo mais punitivo nas leis contra essa situação garantirá o reconhecimento da liberdade feminina, quebrando os paradigmas históricos.