Enviada em: 10/04/2018

Durante o Período Colonial, no Brasil, as famílias se organizavam com base no patriarcalismo - modelo pelo qual o homem exercia qualquer função de maior no lar. Nesse ínterim, observa-se que esse padrão de organização foi um dos precursores da cultura ao assédio no país e isso enraizou-se no perfil do homem o qual, a maioria, desrespeitam as mulheres. Desse modo, não há dúvidas que a sociedade ainda existem percalços no que tange ao respeito e à liberdade das mulheres.       Primeiramente, o assédio tem tornado-se corriqueiro na sociedade, pois a cultura patriarcal está intrinsecamente ligada ao homem. Entretanto, hodiernamente, os números de abusos sexuais persistem alertadamente. Segundo o Jornal Folha de São Paulo, 46% das mulheres entrevistadas já sofreram algum tipo de assédio sexual. Por conseguinte, esses números mostram o tamanho dos desafios para diminuir os impasses no que concerne às mulheres maior liberdade e respeito no meio social; segundo a escritora nigeriana Chimamanda Adichie o machismo e o problema de gênero é reflexo da cultura arcaica enraizada na sociedade.       Embora, é constituído na Constituição Cidadã de 1988, qualquer prática de conjunção carnal sem consentimento é crime, ainda existem mulheres que não se sentem encorajadas para denunciar o praticante, o que causa maior vulnerabilidade das mulheres e dependência de maridos, as quais, muitas vezes, são consideradas objeto. Na obra "Gabriela, Cravo e Canela" de Jorge Amado, o personagem Coronel Jesuíno, em um dos seus bordões machista dizia: "Deite que eu vou lhe usar" mostrando que nessa época as mulheres eram objetos para satisfazer seus prazeres carnais.       Dessa forma, depreende-se que medidas são necessárias para reduzir o número de casos de abusos sexuais. Portanto, cabe à escola juntamente com os pedagogos criar oficinas com a presença de sociólogos, pois além de aprender sobre o assunto poderão colocar em prática e debaterão a fim de compactuar com os direitos iguais de gênero. Ademais, cabe ao Ministério de Justiça intensificar e apoiar medidas, como, por exemplo, a ONG "Chega de fiufiu" que recebe depoimentos sobre casos de abusos, assim, em consonância das Leis que regem o País diminuirá o número desses abusos. Somente assim, rompendo com os paradigmas socioculturais poder-se-á atenuar os casos de abusos sexuais,