Enviada em: 24/05/2018

Para Karl Marx, o trabalho é, num primeiro momento, um processo entre a natureza e o homem, processo em que este realiza, regula e controla por meio da ação, um intercâmbio de materiais com a natureza. Nesse âmbito, as atitudes humanas em relação à natureza podem fomentar resultados auspiciosos ou não, colocando em evidência problemáticas como a expansão do agronegócio que enfrenta esse dualismo em questão.       A Primeira Geração Romântica, demasiadamente nacionalista, tinha dentre suas principais características a valorização da natureza e o indianismo. Em contrapartida, o contexto atual brasileiro de país em desenvolvimento e essencialmente agroexportador, colide com o pensamento romântico, haja vista que, o modelo vigente reivindica o fim da fronteira agrícola e da demarcação de terras indígenas. Desse modo, a exploração inconsequente dos recursos naturais em zonas ainda maiores trará impactos não só na economia e ambiente, como para os nativos que padecem desde o início da colonização.     Sob outro ângulo, é necessário ressaltar que, apesar dos fatores supracitados, o agronegócio tem sua importância no cenário hodierno, posto que, além de abastecer alimentos, gerar empregabilidade, é responsável por fornecer matéria prima industrial, como a têxtil. Outrossim, ele é de grande valia para o setor  de bioenergia(a exemplo da produção de etanol) que, por sua vez, movimentam o campo científico, como o de biotecnologia. Nesse ínterim, a agropecuária em geral tende a ser benéfica, se gerida conforme leis de proteção ao meio ambiente e respeitando os Direitos Humanos.       O agronegócio, portanto, apresenta  pontos positivos e negativos. Cabe ao Poder Legislativo a manutenção e criação de leis e rígidas de proteção ao meio ambiente e quanto a seu descumprimento, como em relação à fiscalização de uso de agrotóxicos, ao respeito à Funai e APPs, além de incentivar o desenvolvimento sustentável. Dessa maneira, será possível extrair o melhor da terra, sem degradá-la em larga escala.