Enviada em: 17/05/2018

Conforme foi dito pela filósofa alemã Hannah Arendt em "A banalidade do mal", o pior mal é aquele visto como algo corriqueiro e cotidiano. Nessa perspectiva, ao observar-se os diversos problemas causados ao meio ambiente pela expansão do agronegócio brasileiro, percebe-se que esse pensamento é constatado tanto na teoria quanto na prática, e a problemática segue intrinsecamente ligada à realidade do país, seja pelo uso de fertilizantes malignos, seja pelo absurdo desmatamento.                             É indubitável que o elevado uso de fertilizadores esteja entre as causas do problema. Segundo o Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa(SEEG), a agropecuária contribuiu para o crescimento recorde (23%) no uso de fertilizantes nitrogenados, que emitem óxido nitroso (N²O), um gás 265 vezes mais danoso que o gás carbônico CO². Por consequência, os males gerados entram em um "ciclo vicioso", onde a Camada de Ozônio  entra gradativamente em colapso.    Outrossim, um ponto também altamente alarmante está ligado ao desflorestamento. Por conta da grande ampliação das áreas de pastagem ultilizadas (cerca de 14000 quilômetros quadrados ao ano,segundo o G1), as matas brasileiras têm sofrido elevado  desmate. Prova desse desastre, está em uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, demonstrando que o agronegócio é responsável por um percentual de 65% de todo o desmatamento ocorrido entre os anos de 2000 e 2010.             Nesse contexto, portanto, medidas são necessárias para a resolução do impasse. Destarte, o Ministério da Agricultura e as empresas produtoras de fertilizantes devem fazer uma parceria público-privada para o averiguamento profissional da qualidade sustentável dos fertilizantes ultilizados, a fim de impedir a produção de mais tipos tóxicos desse mesmo produto. Ademais, o Ministério do Meio Ambiente deve discutir, juntamente com a Bancada Ruralista do Congresso Nacional, a criação de uma Emenda Constitucional que regule e fiscalize os procedimentos agropecuários, com o intuito de impedir novos casos de desmate florestal.