Enviada em: 31/05/2018

Compreendido como um conjunto de práticas econômicas que envolvem uma vasta cadeia produtiva, o agronegócio engloba o uso de insumos para fabricação de produtos agropecuários e a logística da sua distribuição para chegar ao alcance do consumidor. Foi mediante a dispersão da tecnologia, que essa ação financeira obteve significativa evolução em diversos país do mundo, principalmente no Brasil, onde se observou uma utilização expressiva de máquinas (reflexo da política industrializadora do presidente Juscelino Kubitschek associada à Revolução Verde) para auxiliar nas colheitas. Contudo, nos últimos anos, idealizadores dessa atividade econômica, buscando lucros cada vez maiores, tem expandido, imprudentemente, suas áreas de atuação, causando problemas socioambientais à nação brasileira.   Segundo dados do Ministério da Agricultura, entre os anos de 2014 e 2015, as exportações referentes ao agronegócio brasileiro somaram noventa e dois bilhões de dólares, evidenciando a relevância dessa atividade ao mercado consumidor mundial e, consequentemente, à economia nacional. Por envolver uma série de processos de produção e atingir os três setores econômicos (primário, secundário e terciário), as regiões que desenvolvem o agronegócio são geradoras de empregos e contribuem, dessa forma, para aumentar o poder aquisitivo dos indivíduos, diminuindo, assim, as desigualdades sociais. Além disso, a união da agropecuária à tecnologia, trouxe benefícios tanto para os produtores quanto aos consumidores, na medida em que, aqueles ao utilizarem fertilizantes químicos, diminuem os custos de produção e, por consequência, estes têm uma mercadoria cujo valor final é acessível.    Entretanto, devido à utilização inadequada dos agroquímicos, a contaminação das águas dos aquíferos e dos rios tornou-se uma triste realidade ao país brasileiro, já que pode implicar a morte da fauna silvestre e comprometer a qualidade desse líquido ao uso humano. Somando-se a isso, outro fator que potencializa as graves consequências do agronegócio é a expansão das fronteiras agrícolas, posto que muitos produtores invadem as áreas de preservação ambiental e, em seguida, desmatam o local, para transformá-lo em um espaço propício ao progresso do agronegócio, o que caracteriza uma involução social, considerando-se os prejuízos trazidos ao desenvolvimento sustentável da pátria.    Em vista disso, cabe ao Ministério da Agricultura, juntamente com o Ministério do Meio Ambiente, promoverem cursos de capacitação aos produtores agropecuários, para que aprendam a utilizar de forma adequada os agrotóxicos. Compete, também, a esses Ministérios desenvolverem palestras  que conscientizem esses criadores dos problemas trazidos à população e ao ambiente com o uso indevido dos agroquímicos e com o desmatamento de áreas verdes de preservação.