Enviada em: 07/06/2018

O Homo sapiens, no período conhecido como pré-história, era nômade e, portanto, alimentava-se de vegetais disponíveis na região onde estava. Contudo, após a chamada Revolução verde, a humanidade aprendeu a domesticar as plantas e tornou-se sedentário. Nesse contexto, desde o principio da historia humana o agronegócio é de suma importância nas sociedades e expande-se cada vez mais na contemporaneidade, porém acompanhando todo o seu progresso também estão os graves impactos ambientais caudados pelo descuido com os recursos naturais.   No Brasil, 23% do PIB é contribuição direta do agronegócio. A causa de tamanha contribuição deve-se principalmente a alta produtividade do setor, que aumentou seu rendimento em 4% entre 1975 e 2015 segundo o Ministério da Agricultura, devido aos estudos desenvolvidos pela Embrapa. Todavia, a expansão da fronteira agrícola também é uma das causas pelo aumento da contribuição no PIB do país, conforme a Embrapa 38% do território nacional é ocupado pelo agronegócio. Assim, por ser tão importante para a economia brasileira, o avanço das lavouras e pastagens sobre vegetações nativas não é parado e consequentemente traz prejuízos ao meio ambiente, como o desmatamento.   Ademais, a expansão das áreas de plantio só tem uma direção: avançar sobre as vegetações nativas. Assim, os ecossistemas são degradados cada vez mais, a biodiversidade é perdida e o desmatamento prejudica não só o solo, mas áreas urbanas também. O cerrado, por exemplo, perdeu 240 mil quilômetros quadrados entre 2000 e 2005, de acordo com o Instituto de proteção da Amazônia, e por isso tornou-se um hotspot, área de proteção ambiental internacional. O impacto negativo disto não atinge só o solo do cerrado, que sofre acidificação por conta do desmatamento, mas as cidades que são afetadas pelo menor índice pluviométrico, por exemplo, como aconteceu em São Paulo em 2015 gerando uma crise hídrica.   Nessa perspectiva, atender a necessidade da natureza, de preserva-la, é a forma como podemos usufruir dela sem causar tantos danos. Diante disso, a fim de oferecer condições para o desempenho melhor da agricultura, sem expandir desenfreadamente a fronteira agrícola, o Ministério da Agricultura deve, em parceria com a Embrapa, criar um programa de auxilio para pequenos e médios agricultores melhorarem seus solos e plantações, com uso da biotecnologia ao qual eles não têm acesso. Além disso, o IBAMA deve fiscalizar, através de satélites com imagens em tempo real, áreas de proteção ambiental e com auxilio da polícia federal e do poder judiciário punir quem infringir a legislação ambiental vigente no país. Em consequência destas ações, o Brasil terá um desenvolvimento sustentável da agricultura e com baixo impacto ambiental.