Enviada em: 26/06/2018

A expansão do agronegócio se constitui como um paradoxo à sociedade e seu desenvolvimento. Embora, este seja um dos pilares da economia brasileira, sua expansão pode afetar muitos direitos sociais. Além disso, o aumento das terras destinadas ao agronegócio pode ser prejudicial à natureza e, inclusive, ao seu próprio desenvolvimento.    “Esta terra  em que estás com palmos medida...é a parte que te cabe deste latifúndio”. Pelos versos da música Funeral de um Lavrador do compositor Chico Buarque, identifica-se a gravidade dos conflitos agrários decorrentes da má distribuição da terra. Essa problemática, presente, principalmente, no norte e centro-oeste, é derivada da expansão do agronegócio sem um planejamento adequado, dessa forma, tal desorganização resulta em mortes, por exemplo a chacina em Colniza no estado do Mato Grosso. Nesse contexto, mesmo que o agronegócio seja um sustentáculo da economia, sua expansão deve ser controlada com políticas de distribuição de terras que não prejudique alguns em benefício de outros resultando em conflitos.   “Nenhuma circunstância justifica destruir o legado natural da terra”. Por meio desse conceito do biólogo Edward Wilson, verifica-se que o agronegócio é prejudicial, uma vez que destrói a natureza com a sua expansão. São muitas as consequências negativas da prática não sustentável do agronegócio, como a poluição hídrica, compactação e esgotamento do solo e destruição da floresta e sua biodiversidade. Contudo, a destruição ambiental pela expansão do agronegócio é prejudicial também a ele, pois destrói o “habitat" dos polinizadores essenciais à agricultura e altera o regime de chuvas, essencial tanto à agricultura quanto à pecuária. Dessa forma, é possível o agronegócio respeitar a natureza, desde que seus praticantes tenham o conhecimento de que dependem dela.     O agronegócio é essencial ao país e ao seu desenvolvimento, deve ser, portanto, sustentável. Logo, é necessário ampliar as políticas de reforma agrária para que não haja conflitos pela terra. Além disso, a Emater juntamente com os Sindicatos Rurais, podem oferecer palestras para mostrar o quanto a natureza é essencial ao agronegócio. Além disso, o governo pode reduzir os juros de financiamentos para produtores que aderirem à práticas sustentáveis.