Enviada em: 04/08/2018

O agronegócio é um dos pilares da economia brasileira e detém aproximadamente 20% do PIB do país. No entanto, essa, que é a área mais importante desde a colônia, traz consigo algumas polêmicas que devem ser analisadas e atenuadas, uma vez que podem prejudicar a natureza e a vida em sociedade.     Em primeira instância, como afirma o indígena Juarez Rikbatská: a maneira que o agronegócio age é para destruir o meio ambiente, a fauna, as águas e o ser humano. Tendo isso em vista, é importante salientar que o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Esses, por sua vez, são alvos de estudos recentes e as conseqüências desse uso exacerbado ainda não são calculáveis. Dessa maneira, é preciso buscar vias sustentáveis para a produção que supram a necessidade sem comprometer o futuro.     Outrossim, muito se fala da agricultura como vilã da fauna, entretanto, uma pesquisa da EMBRAPA mostra que ela pode beneficiar a fauna silvestre. Segundo o pesquisador Dr. José Roberto Miranda a lavoura serve, de certa forma, como corretor ecológico, e as pastagens como alimento para muitos herbívoros. Em contrapartida, a agropecuária, segundo os dados apresentados pelo Ministério do Meio Ambiente, ilustra um ciclo já conhecido por ambientalistas, no qual florestas são substituídas primeiro por pastos para, depois, darem lugar a plantações de monocultivo em latifúndios com uso intensivo de agrotóxicos e alto impacto ambiental.    Depreende-se, portanto, que muitos são os desafios e impactos causados pelo agronegócio  no Brasil. Nesse sentido, o governo deve, por meio do MMA, em parceria com o Ministério da Educação, fomentar a pesquisa de soluções, por incentivo financeiro, que substituam os agrotóxicos e diminuam a expansão da fronteira agrícola. Também, aliado às IES em uma parceria público-privada que vise tanto preservar a fauna quanto atenuar os impactos causados na saúde dos trabalhadores do campo, além dos consumidores. Assim, talvez possamos ter num futuro próximo um agronegócio de fato sustentável.