Enviada em: 22/08/2018

A revolução verde de 1950 promoveu iniciativas tecnológicas que transformam as práticas agrícolas, aumentando assim produção de alimentos no mundo. Contudo, o intenso crescimento das atividades agrícolas no Brasil atrelado a um forte discurso midiático, reflete o dilema entre os benefícios e prejuízos que cercam a produção agrária no país. Ora, polarização dos recursos oferecidos pelo agronegócio, sedimenta a insegurança dos indivíduos.   Nesse aspecto, a significativa expansão do agronegócio brasileiro impulsiona o desenvolvimento em diversos setores da economia, porém, o uso desmedido de agrotóxicos nas lavouras tem divergido opiniões acerca de sua capacidade, pois a lógica capitalista incentiva o mercado produtivo de inseticidas, no qual o pensamento lucrativo que visa o desenvolvimento no campo não mede os malefícios que alcança a alimentação dos indivíduos, propagando assim, discursos como o da Rede Globo, ''Agro é pop, Agro é tech, Agro é tudo'' que ao buscar uma imagem positiva dos latifúndios, mascara a real situação agrária. Desse modo, a cultura de agrotóxicos sedimenta o desrespeito à saúde dos cidadãos.       Ademais, as desigualdades sociais existentes no campo, corroboram com a polarização dos modelos agrários, uma vez que a subestimada agricultura familiar tem adquirido cada vez mais espaço na economia brasileira, mediante a uma produtividade que atesta a sustentabilidade dos produtos agrícolas e o sustento de diversas famílias que vivem na zona rural, pois de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, a agricultura familiar produz 35% do PIB nacional e absorveu 40% da população economicamente ativa. Logo, reconhecer e credibilizar os avanços dos pequenos produtores, implica em desenvolver economicamente o país.   Portanto, de modo à reduzir os impactos gerados no campo, convém que o Ministério da Agricultura promova novos projetos agrários que flexibilize regras quanto ao emprego de agrotóxicos nas lavouras, por meio de uma intensa fiscalização com aplicação de multas à quem ultrapassar os limites impostos, e politicas públicas como alternativa para a subtração de defensivos agrícolas, tais como o controle biológico de pragas no campo, a fim de que os alimentos se tornem mais saudáveis e a saúde pública seja priorizada.E que o Ministério do Desenvolvimento agrário, viabilize reformas que visem a credibilidade dos pequenos produtores, por meio de investimentos financeiros e orientações técnicas que dinamizem a produção rural, para que se amplie a economia local, beneficiada pela agricultura familiar e fortaleça o uso alimentos sustentáveis.