Enviada em: 21/10/2018

A descoberta da agricultura, na pré história, representou um importante passo à civilização, pois foi através dela que o homem pôde se fixar em uma região, domesticar animais e formar as primeiras sociedades. Atualmente a agricultura ainda é muito significativa em termos econômicos. Todavia, no Brasil, a forma mais usual de produção agrícola, o agronegócio, representa uma ameça social e ambiental, seja por provocar o aumento do desemprego, seja pela destruição das reservas naturais.         É relevante abordar, primeiramente, que o agronegócio é caracterizado por um modo de produção no campo, cuja a mão de obra é pequena e qualificada, e o uso de tecnologias é massivo. Por essa perspectiva, aquilo que antes era realizado manualmente por vários trabalhadores rurais passou a ser feito por apenas alguns operadores de máquinas, consequentemente a disputa por emprego nesse contexto torna-se cada vez mais difícil. Além disso, de acordo com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, o agronegócio favorece a concentração de territórios nas mãos de poucos produtores. Essa monopolização territorial inviabiliza a agricultura de subsistência, isto é o plantio específico para consumo familiar. Diante desse cenário, nota-se que o agronegócio traz poucos benefícios em termos sociais.      Convém lembrar ainda que a ampliação do agronegócio é nocivo ao patrimônio imaterial e às riquezas naturais do país. Para a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), as terras indígenas são frequentemente disputadas judicialmente por empresários para fins de exploração e produção. Cabe ressaltar, no entanto, que as áreas indígenas foram cedidas à esses povos não apenas para a preservação das comunidades, mas também, para proteção ambiental. Nesse aspecto, no que tange aos danos ambientais, uma das principais técnicas do agronegócio é a utilização de pesticidas. Segundo a Organização Mundial da Saúde a utilização do agroquímico contamina rios, nascentes e o solo, o que por sua vez, causa o desequilíbrio da fauna e da flora brasileira. Assim sendo, do ponto de vista ambiental, a expansão do agronegócio e suas técnicas é insustentável.       Portanto, urge que o Estado por meio de envio de recursos ao Ministério do Trabalho promova a abertura de escolas profissionalizantes com o objetivo de capacitar os trabalhadores rurais conforme as demandas e estratégias produtivas, para que assim eles possam alcançar postos específicos do setor primário. Cabe também ao Ministério do Trabalho, diminuir os impostos para os empresários que mais empregam e façam pouco uso de agrotóxicos com a finalidade de diminuir os altos índices de desemprego e assegurar a proteção dos recursos hídricos da nação.