Hodiernamente, não raro, observa-se por meio das mídias, televisivas ou sociais, que o Brasil enfrenta diversos problemas relacionados a expansão do agronegócio. São fatores que contribuem para essa problemática a força política da bancada ruralista no cenário político bem como, a dependência econômica à esse setor e suas consequências. Na política brasileira, a bancada ruralista constitui uma frente parlamentar que atua em defesa dos interesses dos proprietários de terras. Conforme Karl Marx, em sua obra "O Capital", em um mundo capitalizado, a busca pelo lucro ultrapassa valores éticos e morais. Nesse sentido, em função de uma pauta conservadora, que coloca os interesses econômicos em primeiro plano, esses políticos legislam em causa própria movidos pela cobiça e atacam frontalmente direitos garantidos no Constituição de 1988, ainda vigente, como a propriedade de terras indígenas e quilombolas. Além da questão política, a dependência econômica é um impulsionador dos impactos advindos da expansão do agronegócio. Segundo a Conab, Companhia Nacional de Abastecimento, essa atividade contribuiu com 23,5% do PIB nacional em 2017, o que demonstra, dessa maneira, sua importância para a economia brasileira. Contudo, o agronegócio trouxe problemas ambientais e sociais, como o desflorestamento e o desequilíbrio ambiental, em paralelo com a perda de competitividade dos pequenos produtores e a disputa pela terra. Diante desse cenário, é imprescindível diminuir as polêmicas que permeiam o avanço do agronegócio. Para isso, o Governo, através da figura do poder legislativo - ao qual é atribuída a elaboração das leis que regulam o Estado - deve submeter todos os projetos de lei que tratem das questões econômicas ligadas ao manejo da terra à Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável por meio da elaboração de pareceres, favoráveis ou contrários, com o auxilio de consultores ambientais, sociológicos e econômicos. Espera-se com isso, diminuir os impactos negativos sem, contudo, comprometer o crescimento da nação.