Pau-Brasil, açúcar, ouro, café, soja. Esses produtos primários sustentaram a economia brasileira desde o século XV ate os dias atuais. Dessa forma, é evidente a interdependência entre a economia e os recursos naturais presentes no País, que juntos, corroboram para uma expansão do agronegócio. Entretanto, é necessário analisar as consequências desse vínculo a fim de pensar em possíveis soluções. Em primeiro plano, o agronegócio prejudica a saúde da natureza. De acordo com o artigo 225 da Constituição Brasileira, todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Entretanto, a expansão da fronteira agropecuária coloca esse direito em risco, haja vista que, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, 93% da Mata Atlântica foi devastada em prol dessas atividades. Nesse hiato, outros biomas, como a Floresta Amazônica, também estão sendo ameaçados, através do uso excessivo de agrotóxicos e do desmatamento. Por outro lado, em um segundo plano, o agronegócio é de suma importância para a economia. Segundo dados Centro de estudos avançados em economia avançada, a exportação das commodities agrícolas é responsável por mais de 23% do PIB (Produto interno bruto) brasileiro. Em virtude desse fato, é evidente a subordinação que o País tem com essa atividade, a fim de manter uma balança comercial favorável. Nesse viés, a expansão seria algo que benéfico para toda a população. Diante dos fatos supracitados, é perceptível a importância do agronegócio e os benefícios da sua expansão, contudo, questões ambientais devem ser trabalhadas paralelamente a essa medida. Para isso, cabe ao Governo Federal, fiscalizar a fronteira a fim de que nenhuma nova área seja desmatada, e conter uma expansão não autorizada que possa comprometer ainda mais o ambiente. Em consonância, financiar juntamente com o Ministério da Agricultura, pesquisas nas universidades para a otimização e restauração do solo, para que não seja necessária, uma expansão. Dessa forma, além de suprir com suas necessidades econômicas, o Brasil será um país sustentável e cumprirá com a sua Constituição.