O agronegócio, relação comercial e industrial que envolve a cadeia produtiva agrícola ou pecuária, representa, no Brasil, cerca de um terço do produto interno bruto. No país, sua importância é considerável, já que tem grande contribuição às exportações de commodities. Ainda que seja veiculado que "O agro é tech, o agro é pop", sabe-se que esse ramo é envolvido em polêmicas ambientais. O desmatamento é um dos principais problemas desse sistema. Com a Revolução Verde, ocorrida por volta das décadas de 50 e 60 no Brasil, foi possível introduzir novas tecnologias na agricultura, produzindo onde antes não era possível e aumentando o nível de produção. A partir disso, o agronegócio pôde se expandir para a área do cerrado, por exemplo, uma vez que utilizou a técnica chamada calagem para corrigir a acidez do seu solo e cultivar normalmente. Apesar de apresentar uma faceta positiva, a expansão levou a uma forte destruição do "berço das águas", uma vez que tem substituído a mata nativa para pastagem e para grandes extensões de monoculturas de soja, principal commodity exportada pelo Brasil. Assim, vê-se que a produção de alimentos, por parte do agronegócio, tornou-se um negócio bastante lucrativo. Ademais, o uso excessivo de agrotóxicos e fertilizantes prejudicam tanto o meio ambiente quanto o consumidor final. Isso acontece porque ao se lançar esses tipos de produtos nas plantações, eles espalham-se nos ares e infiltram-se nos solos, podendo chegar até aos lençóis freáticos, contaminando-os. Não somente isso, os consumidores dos alimentos tratados dessa forma poderão ingerir substâncias nocivas à saúde, podendo, a longo prazo, desenvolver doenças como o câncer. Sabe-se que todo esse cenário é preocupante uma vez que até mesmo a Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense, em 2017, no Carnaval, escolheu o tema "Xingu, o clamor que vem da floresta", com o propósito de fazer várias críticas, como a destruição da natureza por parte do agronegócio. Por isso, medidas têm que ser tomadas para reverter essa situação no Brasil. Para isso, é necessário, portanto, que o governo federal exija o desenvolvimento sustentável do agronegócio no país, por meio de punições mais severas para aqueles que desrespeitarem as leis ambientais, uma vez os crimes desse tipo são pouco levados a sério. Além disso, deve-se estabelecer uma maior área de proteção ao cerrado e exigir que os responsáveis pelo seu desmatamento façam a reparação das áreas degradadas, por meio de fiscalizações periódicas no local. Não somente isso, o uso de agrotóxico deverá ser totalmente proibido, uma vez que ele afeta negativamente os seres vivos. Como explanado, confirma-se, então, que o agro não é "pop", devendo estas medidas serem aplicadas a fim de que ele possa vir a sê-lo.