Enviada em: 30/10/2018

No filme, Interestelar, é retratado a história de um astronauta que precisa achar outro planeta para os seres humanos morarem, pois a Terra não consegue mais produzir alimentos, visto que foi devastada pelo uso de agrotóxicos, contaminação das águas e todos os males causados pela humanidade. Apesar de ser um filme de ficção, pode-se observar que essa é a expectativa de alguns cientistas para o futuro, porque as atuais formas de agricultura são insustentáveis. Nesse sentido, deve-se analisar as  principais polêmicas acerca da expansão do agronegócio no Brasil.                    De fato, é possível mencionar que o Brasil é um país agrícola, já que mais de 3% do seu PIB ( Produto Interno Bruto) vem dessa atividade, de acordo com o IBGE ( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Isso ocorre porque o viés histórico-cultural brasileiro, onde os mais abastados recebiam terras do rei de Portugal para cultivar, vem se arrastando pelos séculos, apenas são aumentados de geração em geração. Por resultado, observar-se no país uma linha muito tênue entre o privado e as florestas que são tão importantes para a manutenção da vida, sendo que nesse cabo de guerra, a natureza acaba perdendo para as manobras da bancada agrícola do Poder Legislativo Brasileiro.                    Outrossim, nota-se ainda, que além da degradação ambiental, pode-se perceber que a concentração de terras monopoliza a produção de alimentos nas mãos de poucos, causando um problema social terrível: a fome. Isso acontece devido ao fato de que as populações carentes que não têm acesso à terra, findam em subempregos para conseguir sobreviver e quando não os encontram perecem de necessidades. Consequentemente, explica-se a conjuntura dos mais de 20 milhões de brasileiros que ainda vivem na pobreza absoluta, de acordo com a ONU ( Organização das Nações Unidas).                    Torna-se evidente, portanto, que esse cenário precisa ser mudado. Em razão disso, faz-se necessário que a população exija que o Poder Legislativo crie leis para fazer das florestas,  reservas ambientais, aonde não se pode desmatar, nem influenciar a vida silvestre, no intuito de proteger a riquíssima flora e fauna brasileira. Ademais, o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) deve identificar propriedades improdutivas, e em consonância com a União elaborar um projeto que possibilite a compra financiada pelos cidadãos por um preço justo, de forma que beneficie os pequenos produtores e os fazendeiros, a fim de reduzir a miséria no país. Dessa forma, o Brasil poderá minimizar os problemas causados por esse ramo, diminuir a desigualdade social e continuar crescendo através desses lucrativos negócios.