Enviada em: 30/10/2018

Desde a organização brasileira em sesmarias, passando pela Lei de terras em 1850, culminando nos dias atuais, a concentração fundiária é endêmica no Brasil. Não obstante, a expansão do agronegócio no Brasil é fruto de um processo injusto de distribuição de terras e uso das mesmas. Logo, é necessário uma análise diacrônica para entendermos as polêmicas que rondam essa questão.    Em primeira análise,segundo o geógrafo Milton Santos,a Globalização é um processo cruel e excludente que objetiva os aspectos econômicos em detrimento dos sociais.Sob essa ótica,podemos inferir que a expansão das fronteiras agrícolas é o algoz dos biomas brasileiros,visto que a metade do cerrado foi desmatado. Embora o Brasil seja o maior exportador de soja do mundo,não podemos ser,parafraseando Thomas Hobbes,lobos de nós mesmos.   Em segunda análise,é mister pontuar que o agronegócio é o principal contribuinte do PIB brasileiro.Sob essa perspectiva urge que exista a harmonia entre desenvolvimento e sustentabilidade,haja vista na existência de demandas sociais e a necessidade de humanizar o Capitalismo.Por conseguinte , temos que deixar de ser , segundo Ariano Suassuna , um país de privilegiados e despossuídos.   Observa-se ,portanto, que a expansão do agronegócio na pátria verde e amarela tem que ser feita de maneira sustentável,humana e digna.Logo é preciso que o Ministério do desenvolvimento agrário faça uma parceria com o Ministério do meio ambiente e ,juntos, criem um Plano nacional de desenvolvimento sustentável,visando modernizar as lavouras,diminuir as áreas desmatadas e garantir a sustentabilidade.Com tais ações,iremos preservar os recursos naturais,aumentar as exportações e caminhar para o fortalecimento de uma nação soberana e consciente.