Enviada em: 01/11/2018

O cerrado, segundo maior bioma da América Latina, nas últimas décadas, passou por um preocupante desmatamento. Sob essa ótica, a expansão do agronegócio, no Brasil, em detrimento do meio ambiente e dos menos favorecidos é um problema que traz deletérias consequências no âmbito social e ambiental. Desse modo, faz-se necessário a análise sobre dois aspectos cruciais: a concentração fundiária e os problemas ambientais ocasionados pela atividade agrícola.  Em primeira análise, a posse de terras de maneira não democrática para fins econômicos é um problema histórico que se alastrou até os dias atuais. Nesse sentido, a organização brasileira em sesmarias e a Lei de Terras em 1850 são exemplos de como a agricultura instaurou-se de maneira injusta no Brasil, já que, tais articulações tiveram como consequências a expulsão de índios e de famílias de seus territórios. Ademais, é necessário que haja uma demarcação justa de terras para que os direitos básicos, como o acesso à moradia sejam respeitados.  Em segunda análise, a expansão desenfreada do agronegócio causa inúmeros impactos ambientas que prejudicam à biodiversidade e toda a natureza. Sob essa perspectiva, a frente agrícola é a maior responsável pelo desmatamento do Cerrado, que teve mais da metade de sua vegetação nativa perdida. Contudo, este cenário não é limitado apenas à savana brasileira, é presente, também, em outros biomas brasileiros e tem como consequências a eutrofização dos rios e lagos, causado por uso de fertilizantes, e a intensificação do aquecimento global.   Infere-se, portanto, que a expansão desenfreada do agronegócio é prejudicial à natureza e injusto com os menos favorecidos. Diante disso, é necessário que o Governo em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, limite a expansão do agronegócio e demarque terras indígenas através de rigorosas fiscalizações, para que, desse modo, a terra seja preservada e os direitos à moradia respeitados. Somente dessa forma, a expansão das atividades agrícolas freará e respeitará o ambiente e os mais pobres.