Enviada em: 02/11/2018

Promulgada pela Organização das Nações Unidas, em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito à alimentação e ao bem-estar social. Sob esse viés, o agronegócio tem uma importância fundamental na sociedade. No entanto, a expansão dessa atividade, no Brasil, gerou uma série de polêmicas ligadas, infelizmente, não só ao uso de agrotóxicos, mas também ao desmatamento, necessitando-se de medidas para atenuar esses entraves.       A princípio, é notório que a expansão do agronegócio tem íntima relação com o uso de agrotóxicos. Quanto a essa questão, sabe-se que esses produtos químicos, muito utilizados no Brasil, propiciaram o combate de pragas e a prosperidade das plantações. Entretanto, os seus efeitos têm gerado consequências devastadoras, como mostram os dados de uma pesquisa divulgada pelo Fiocruz: mais de 2000 pessoas, num período de 10 anos, já morreram intoxicadas pelos agrotóxicos. Desse modo, infere-se que a problemática acerca desse assunto impacta diretamente a saúde de milhares de brasileiros que se alimentam de produtos agrícolas, podendo, inclusive, levar esses indivíduos à morte.       Outrossim, vale ressaltar, também, que o crescimento de áreas plantadas têm acarretado um intenso desmatamento. A respeito disso, a fronteira agrícola, definida pelo avanço da unidade de produção capitalista sobre o meio ambiente, tem impactado vários estados do país, como o Pará e o Amazonas, principais estados componentes da amazônia. Nesse sentido, o desmatamento de tais áreas é extremamente prejudicial ao ecossistema local e global, fato comprovado pelos estudos de pesquisadores, os quais demonstram que desmatar gera uma série de consequências, como poluição, morte de animais e quebra de todo um sistema envolvendo a reciclagem de recursos naturais.     Dessa forma, indubitavelmente, as duas problemáticas relacionadas ao avanço do agronegócio precisam ser atenuadas. Para tanto, faz-se necessário que o Estado impeça o uso abusivo de agrotóxico nas plantações e que limite a propagação do negócio agrícola para áreas florestadas, fazendo isso por intermédio da fiscalização efetiva de fazendas, verificando o uso dos químicos tóxicos, se estão nos padrões adequados e se são permitidos pela vigilância sanitária. Além disso, para limitar a propagação, fará isso por intermédio da implantação de mais áreas de proteção ambiental, as quais não podem ser desmatadas, punindo as empresas que não respeitem os limites demarcados. Por fim, deve ser investido na educação, pois Segundo Nelson Mandela, "A educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo."