Segundo dados do IBGE 2010, o Brasil é o terceiro maior exportador agrícola mundial, o que mostra a importância do agronegócio no país. Contudo, na mesma proporção que está presente na geração de riquezas, esse capitalismo no campo vêm causando grandes problemas ambientais e sociais, os quais apenas poderão ser sanados com uma mudança no panorama de investimentos do governo, fortalecendo a agricultura familiar e a fiscalização do cumprimento categórico do código florestal. A extração predatória do meio ambiente feita pelos grandes agroindustriais gera danos irreversíveis aos biomas brasileiros, exaurindo os solos e rios na criação de gado e de monoculturas. Tal meio de produção favorece no rapido esgotamento dos recursos naturais, que é "compensado" pelos agricultores ocupando grandes faixas de terras, levando cada vez mais o desmatamento florestal de biomas como o Cerrado e a Amazônia. O agronegócio também atua na desigualdade no campo, através da concentração de terras e sementes, dificultando a sobrevivência de pequenos e médios agricultores. O crescimento do exôdo rural e de conflitos rurais também podem ser relacionados ao agronegócio. Casos como, o arraial de Canudos e a Guerra do Contestado evidenciam que esses problemas não são recentes. Por isso, é de suma importância maiores investimentos por parte do Governo Federal em tecnologias e pesquisas que visam um aumento sustentável da produção agrícola sem crescimento da área usada atualmente; a agroecologia estudada pela Embrapa é uma delas. Além disso, a agricultura familiar deve ser priorizada pelo Ministério da Agricultura, pois é desse modo de produção que vem a maior parte dos alimentos consumidos no país e a renda de muitas familias que vivem no campo, evitando assim, conflitos agrários. Também não podemos esquecer que o fortalecimento e a união dos agentes fiscalizadores, tal qual o IBAMA e a Polícia Federal são essenciais, a fim de que os produtores cumpram as normas estabelecidas pelo código florestal, preservando assim, a natureza.