Enviada em: 22/03/2018

Com a relação metrópole-colônia, o mercado financeiro de Portugal dependia exclusivamente da produção agrícola brasileira. Por conseguinte, desde os primórdios até a atualidade, o agronegócio é a base da economia no Brasil. Portanto, com o objetivo de expandir a produção, e consequentemente, vender mais, a agroindústria não mede as consequências que sua produtividade pode gerar. A expansão desordenada do plantio gera problemas ambientais e o uso discriminado de agrotóxicos prejudica a saúde dos trabalhadores e consumidores.       A exploração do Pau Brasil no período pré-colonial, o ciclo do açúcar na colônia e a produção cafeeira no Segundo Reinado demostram a expansão agrária brasileira. Porém, com o atual sistema econômico, as indústrias agrícolas têm causado uma exploração desenfreada do meio ambiente, preocupando-se somente com o lucro. Dentre os problemas, pode-se citar que o desmatamento é o principal fator prejudicial desse mercado. Pois ele causa a destruição da biodiversidade da fauna e flora, degradação do solo, desertificação e contribui diretamente para o aquecimento global.        O avanço da geopolítica mundial, com o passar dos anos, consolidou o capitalismo como principal meio de produção no mundo. Karl Marx dizia que a produção capitalista visa somente o retorno financeiro, sem se preocupar com as consequências. Nessa perspectiva, as grandes empresas agrícolas usam discriminadamente agrotóxicos, afim de produzir cada vez mais. O uso desses agroquímicos traz consequências negativas a saúde do homem. Tanto os trabalhadores rurais, que lidam diariamente com esses produtos, quanto os consumidores, podem desenvolver doenças tardiamente ao contato com os compostos. Dentre os males, esses produtos podem causar doenças respiratórias e renais, distúrbios neurológicos, alergias e até mesmo neoplasias.        É notória a importância do agronegócio na economia do país, porém a produção agrícola precisar ser consciente. Com isso, é necessário que o Ibama, órgão responsável pela proteção ao meio ambiente e a Anvisa, responsável pela qualidade dos alimentos trabalhem em conjunto. O Ibama deve estimular a prática da biodiversidade e incentivar o reflorestamento e a Anvisa deve fiscalizar o uso discriminado de agrotóxicos. Além disso, a Receita Federal deverá bonificar as empresas que seguirem as normas desses órgãos, com a redução de impostos. Dessa maneira, a produção será eficaz e com menor prejuízo as empresas, ao meio ambiente e a população.