Enviada em: 26/03/2018

Dentre as problemáticas recorrentes nos mais variados meios comunicativos, a questão ambiental brasileira encontra papel de destaque. Analogamente ao período colonial, quando os portugueses devastaram boa parte da Mata Atlântica para a extração do pau-brasil, presencia-se atualmente o avanço da fronteira agrícola principalmente para o Centro-Oeste e Norte do país. O agronegócio ainda representa a maior parte do PIB nacional, contudo, é responsável por gerar grandes problemas socioambientais.        A produtividade agropecuária representa hoje importante parcela nas exportações brasileiras. Dessa forma, a elevação da procura externa por mercadorias nacionais, a exemplo da carne bovina e do milho, tem estimulado o avanço das plantações e pastagens sobre áreas florestadas. Assim, na ausência de cobertura vegetal, problemas tais como a extinção de espécies animais e vegetais causando a perda de biodiversidade, o assoreamento fluvial, a lixiviação e a desertificação dos solos representam ameaças reais contra o meio ambiente, bem como o uso de agroquímicos acarretam na poluição de rios e lençóis freáticos e comprometem a qualidade de vida dos seres vivos.         Além disso, é indiscutível o aumento diretamente proporcional entre demanda por alimentos e o exorbitante crescimento populacional, assunto antes já discutido por Thomas Malthus na Teoria Demográfica Malthusiana. Conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nos últimos 50 anos o acréscimo de habitantes foi de 130 milhões de pessoas. Dessa maneira, é preocupante o nível do avanço, principalmente territorial, e, com isso, o aumento de disputas territoriais e a concentração fundiária geram dificuldades para os pequenos agricultores que abandonam o campo.       Portando, mediante à isso é inegável admitir que o país desempenha um importante papel na agricultura desde o período colonial, porém, os reflexos desse meio de produção provocam danos aos ecossistemas, mostrando que na queda de braço entre o homem e o meio ambiente todos saem perdendo. Por essa razão é essencial que seja estabelecida leis que regulem a obrigatoriedade no melhor aproveitamento do espaço geográfico e de reflorestamento da vegetação nativa, visto a importância do sequestro de carbono efetuado pelas grandes florestas, juntamente com rígida fiscalização por parte do Ministério da Agricultura. Além disso, visto que a agricultura familiar prioriza práticas tradicionais de cultivo e de baixo impacto ambiental, o governo deve disponibilizar incentivos como empréstimo com baixos juros e maquinário para auxiliar na prática sustentável, além de priorizar a venda dos produtos destes no mercado interno.